O Porto de Santos passa a contar pela primeira vez com uma locomotiva da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips). Nesta terça-feira (03/10) foi realizada uma cerimônia, que marcou o início do contrato da concessão.
De acordo com a Autoridade Portuária de Santos (APS), a iniciativa foi criada por um conjunto de empresas será responsável pela administração da ferrovia por um prazo de 35 anos. Agora a expectativa é duplicar a capacidade de movimentação da carga pela malha ferroviária, chegando a 120 bilhões de toneladas por ano, entre 5 e 10 anos.
“A capacidade ferroviária do complexo portuário de Santos está próxima da saturação, com 94% de utilização, sendo imprescindível sua expansão para dar vazão, com eficiência, à movimentação futura, cuja projeção é dobrar no prazo de 5 a 10 anos”, disse o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini.
“Hoje, a capacidade ferroviária do complexo portuário é de 50 milhões de toneladas por ano e necessita alcançar 115 milhões de toneladas/ano para escoar o volume oriundo das ferrovias que chegam ao Porto de Santos”, explica.
A operação sob a administração da nova cessionária, que reúne a Ferrovia Centro Atlântica (VLI), a MRS Logística S/A e a Rumo S/A, começou neste domingo (01). O modal ferroviário é imprescindível para dar vazão à movimentação futura de carga no complexo portuário de Santos e a cessionária da Fips ficará responsável pela gestão, operação, manutenção e expansão da ferrovia dentro do porto por um prazo de 35 anos e terá de investir, no mínimo, R$ 1 bilhão em cinco anos para ampliar a capacidade ferroviária local.
As obras devem começar ato contínuo à aprovação dos projetos executivos, sendo as principais intervenções:
- Pátio ferroviário entre o canal 4 e a Ponta da Praia, dotado de 3 vias férreas para atendimento aos terminais de celulose;
- Viadutos para eliminação de passagem de nível na região do canal 4-Marinha;
- Passarelas de pedestres entre o canal 4 e Ponta da Praia;
- “Pera” ferroviária, dois viadutos e passarela na região de Outeirinhos;
- Novo viário da 2ª entrada da margem direita do Porto de Santos, no Saboó.
O contrato associativo é uma das principais inovações da Fips, em que as empresas ferroviárias integrantes da cessionária realizarão uma gestão cooperativa baseada em uma autorregulação administrativa e operacional, na qual compartilharão custos e sem finalidade lucrativa.
Ao longo de toda a vigência contratual a cessionária realizará, bianualmente, chamamentos públicos, de forma a garantir o ingresso de novos associados.