Próstata aumentada: entenda o que é e como o homem deve se prevenir

Créditos: Divulgação

Os homens precisam redobrar a atenção com a saúde. Mais do que uma questão de bem-estar, é pela própria vida. E um dos alertas é com a próstata aumentada, uma condição que, se não tratada a tempo, pode resultar em consequências sérias.

Só que felizmente, a tecnologia trouxe inovações, e uma nova técnica promete otimizar o tratamento. Trata-se da enucleação prostática com Thulium Laser Enucleation (ThuLEP), método que proporciona uma cirurgia mais eficaz, segura, com melhor controle de sangramento e minimamente invasiva.

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Nos casos de Hiperplasia Prostática (aumento benigno da próstata), em que um grande número de pacientes necessitará de cirurgia para o alívio dos sintomas, o método é considerado “padrão-ouro”.

O procedimento que é inovador e inédito na Baixada Santista é realizado pelo urologista Fabio Atz. Para o THMais, o médico compartilhou informações essenciais sobre o que é a doença, como é feito o diagnóstico e os impactos no corpo quando não tratada é adequadamente.

 “A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutivo masculino desde o início da vida. Porém, com o avançar da idade, a próstata pode aumentar de tamanho, ocasionando a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), condição que é mais comum a partir dos 40 anos e se torna ainda mais frequente na faixa dos 60 anos”, explica.

“Com esse aumento, ela traz algumas dificuldades miccionais, como jato fraco e fino, esvaziamento incompleto da bexiga e incapacidade para controlar a vontade de urinar. Conforme o tempo passa, a evolução crônica da HPB sem um tratamento adequado pode ter consequências graves para a saúde do paciente, elevando os riscos de obstruções graves, retenção urinaria e até insuficiência renal nos casos mais graves. Então se a próstata está doente, a bexiga também está doente”.

“Após a identificação dos sintomas, procedemos com a análise de exames de sangue, realizamos o toque retal, efetuamos exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia. Em casos mais complexos, recorremos a um exame específico conhecido como urodinâmico, que aprofunda a avaliação do funcionamento da bexiga”, enfatiza.

Segundo o médico, a prevenção é o caminho mais indicado. “Logo que a doença é detectada, geralmente iniciamos com o tratamento medicamentoso. Porém, quando alguns pacientes não respondem bem a esse tratamento, a recomendação principal é a realização de cirurgia”, detalha.

“Em relação técnica do ThuLEP, existem várias formas de tratar cirurgicamente a próstata, as mais convencionais incluindo a  raspagens da próstata, feita por via encospia pelo canal da uretra, porém com limitações para próstatas muito grandes e em alguns pacientes que fazem o uso de anticoagulantes ou que tenham histórico de estreitamento da uretra e a via aberta convencional (incisão na barriga) quando a próstata está muito grande.  

Já o laser de Thulium é considerado “padrão ouro” no tratamento da próstata aumentada, representando um avanço significativo em relação às abordagens cirúrgicas tradicionais.  Neste caso, se retiramos apenas o miolo prostático (causador da obstrução da região central da próstata) isolando ele da cápsula com muito mais precisão, o que faz com que a técnica se destaque e seja revolucionaria.

Um método duradouro porque dificilmente ficam ilhas de glândulas que eventualmente possam voltar a crescer ao longo do tempo. Além disso, o laser Thulium tem o alto poder de coagulação, sendo indicado e realizado com total segurança em pacientes que fazem uso de medicamentos anticoagulantes” finaliza.

Sobre a doença

A hiperplasia prostática é um aumento benigno (não é um câncer) do tamanho da próstata que atinge cerca de 25% dos homens na faixa dos 40 aos 49 anos. Na faixa entre 70 e 80 anos, essa taxa chega a 80%. Normalmente do tamanho de uma noz, a glândula pode chegar a ficar tão grande quanto uma bola de tênis.

O crescimento da próstata pode comprimir a uretra, diminuindo o seu calibre e dificultando ou impedindo a passagem da urina. A urina estagnada, por sua vez, favorece o aparecimento de infecções e de cálculos renais.

A causa exata não é conhecida, mas provavelmente envolve fatores como idade, história familiar e alterações genéticas.

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