O caso de um corpo encontrado dentro de um contêiner no Porto de Santos, nessa quinta-feira (14), gerou repercussão nacional. Esta foi a primeira vez que um corpo foi localizado em 12 anos de operação do scanner implantado pela Receita Federal.
A Receita Federal informa que o escaneamento de contêineres vazios, que dão entrada no país, é uma obrigação imposta aos recintos alfandegados por norma do próprio órgão. O objetivo da medida determinada pela Portaria ALF/STS n. 119, de 04/10/2022, publicado no DOU em 06/10/2022 é combater o contrabando e o descaminho, o crime de ordem tributária com a omissão de mercadoria.
O contêiner com o corpo em decomposição foi colocado no navio no Porto de Tanger, no Marrocos, no dia 1º de setembro. O navio deixou o continente africano e fez escala em Salvador, na Bahia antes de chegar ao Porto de Santos, destino da caixa metálica até então declarada como vazia.
A embarcação atracou no último domingo (10), mas o contêiner só passou pela conferência na quinta-feira (14/09). Os agentes da Receita Federal notaram uma silhueta semelhante a de um corpo humano e acionaram a PF, que confirmou a suspeita.
O órgão explica que ao identificar na imagem que havia algo no interior do contêiner parecendo ser um corpo humano, o terminal portuário avisou a fiscalização aduaneira que, por sua vez, acionou a Polícia Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Foi determinada a imediata abertura do contêiner e constatado que o corpo já estava em estado avançado de decomposição. O THMais buscou mais detalhes sobre a identidade do corpo com a Polícia Federal, mas o caso segue investigado.
A reportagem também procurou a Autoridade Portuária de Santos (APS), em busca de mais informações sobre o caso, mas não obteve reposta.