A voz é um bem que precisa ser cuidado diariamente. Só que, para quem fuma, é um desafio e tanto cuidar da saúde bucal porque, além do vício, o perigo também é com o câncer, especialmente o de laringe. Por isso, olho vivo para combater o tabagismo.
O médico Dr. Rogério Dedivitis, diz que o câncer de laringe atinge as cordas vocais ou qualquer outra estrutura da laringe, tendo a rouquidão como sintoma característico.
“O risco do desenvolvimento da doença para as pessoas que fazem o uso do cigarro frequentemente é muito maior. A incidência é maior entre os homens acima de 40 anos. Além disso, o diagnóstico em estágio inicial eleva as chances de sucesso no tratamento, podendo chegar a 90% de cura”, destaca.
Além do câncer de laringe, o uso do cigarro pode acometer os lábios, cavidade oral, incluindo a língua, gengiva e bochechas.
“A doença pode se instalar na faringe também. Quem tem o hábito de fumar corre o risco considerável de desenvolver o câncer nessas regiões da cabeça e pescoço, ainda mais se associado à bebida alcóolica”, diz o médico.
Um paciente acometido pelo câncer de laringe em estágio avançado, em algumas condições clínicas pode, eventualmente, indicar a necessidade de uma laringectomia total e futura reabilitação fonatória. Trata-se de uma adaptação da nova condição de vida por meio do acesso ao atendimento fonoaudiológico especializado.
“A reabilitação dos pacientes é fundamental, para que eles retomem suas atividades pessoais e profissionais”.
“Uma vez que a laringe inteira é removida, a fala normal não é mais possível, mas os pacientes podem aprender outras formas de comunicação. A conexão entre a garganta e o esôfago geralmente, não é afetada, e o paciente pode ingerir os alimentos e líquidos normalmente, após a cicatrização”, explica.
Os pacientes que realizam esse procedimento são chamados de laringectomizados e é importante destacar que a laringe é um dos órgãos mais importantes da região cervical, pois é fundamental na fala, respiração e deglutição. Os tumores dessa região causam impacto nessas três funções.
“Além do impacto causado pelas alterações da voz e respiratória, ocorre ainda o impacto na autoimagem, a partir do momento que o paciente passa a conviver com uma abertura permanente no pescoço, afetando a qualidade de vida e socialização”.