Santista faz história como preparador de goleiros da Seleção da China

O futebol feminino é o grande assunto do momento, em razão da Copa do Mundo de futebol feminino, disputado na Austrália e Nova Zelândia. A Seleção Brasileira acabou decepcionando, mas ainda assim o esporte não sai da boca do povo e nada melhor do que um santista para fazer um balanço sobre a competição. Afinal, ele trabalhou como preparador de goleiros da Seleção da China no Mundial.

Marco Antônio Ferreira, o Cossa, está há mais de 20 anos na Ásia e contou para a THMais, sobre como foi a adaptação, trajetória e o preparo no futebol feminino.

“Estou na Ásia há 23 anos, com direito a trabalho pela Copa do Mundo de 2002 e recebi o convite para trabalhar na China em 2016, mas para trabalhar com o futebol masculino. Já vínhamos conversando, gostaram do meu trabalho e desde então estou lá”.

Com relação a participação da China, Cossa fez uma avaliação da equipe na Copa do Mundo e garante que o foco será as Olimpíadas de Paris 2024. No Mundial, as chinesas foram eliminadas na fase de grupos, mas ele garante que a equipe estará ainda mais forte.

Créditos: Divulgação/Arquivo Pessoal

“Nós começamos este trabalho desde dezembro de 2022 e traçamos três objetivos: a Copa do Mundo, a Copa da Ásia, que ocorre em setembro e por fim as Olimpíadas de Paris 2024. Só que em virtude da pandemia do coronavírus, nossa equipe ficou mais de três anos sem jogar contra equipes estrangeiras. Isto atrapalhou e resolvemos usar a Copa, para dar experiência e uma melhor performance nas próximas competições”.

Brasil e o futebol feminino em geral

Quando se fala em futebol feminino, óbvio que o desempenho das brasileiras não passou batido por Marco Antônio. Ele acompanhou de perto os jogos da equipe de Pia Sündhage, que fracassou e deu um panorama do que ocorreu.

“É complicado dizer o que causou a eliminação do Brasil de forma precoce, mas creio que as questões internas tenham atrapalhado. Em uma competição como esta, nada pode atrapalhar um grupo”.

Em relação ao crescimento do futebol feminino no mundo, Cossa falou que todas as equipes se desenvolveram e evoluíram a parte tática. “Se você comparar a última Copa, em 2019, com esta atual edição, pode perceber que as goleiras cresceram muito e estão em um nível fenomenal. Todos os preparadores de goleiros estão de parabéns, porque estamos buscando o alto nível delas. Um exemplo é a Muskovic, goleira da Suécia, que fez uma partidaça, eliminando os Estados Unidos”.

Por fim, Marco Antônio fez uma análise das demais seleções do futebol feminino que cresceram demais. Assim como no caso do masculino, muitos times que antes eram vistos como azarões, agora, estão se tornando protagonistas.

“O futebol feminino cresceu demais. Um exemplo é ver o Japão jogar. Hoje, elas apresentam um futebol admirável, com toques de bola rápido, com progressão, linhas altas. O futebol, hoje, não é mais como antigamente. Hoje ele requer velocidade, disciplina tática e é muito mais acompanhado de perto, seja por TV ou internet. Tudo isto para que o futebol feminino cresça cada vez mais”.

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