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Sem tratamento, menopausa pode agravar transtornos mentais em mulheres

A menopausa é um processo natural da vida da mulher, mas a falta de tratamento pode ter consequências graves para a saúde mental.

Foto: Produção

A menopausa é um marco na vida das mulheres, pois representa o fim do ciclo menstrual. É um período de grandes mudanças físicas e emocionais, que podem ser desafiadoras. Por isso, a redução drástica dos hormônios estrogênio e progesterona, essenciais para o funcionamento do corpo feminino, acarreta diversas alterações, incluindo impactos negativos na saúde mental.

Com o objetivo de alertar sobre essa questão, a psiquiatra Ana Paula Ruocco Nonato Mastumota explica que a depressão e a ansiedade são os principais transtornos gerados nas mulheres durante a menopausa. De acordo com a médica, a queda hormonal pode interferir diretamente no humor e no bem-estar psíquico, desencadeando problemas psiquiátricos.

Prevenção é a palavra-chave

Diante desse cenário, a prevenção é fundamental. Ana Paula Nonato destaca que, principalmente na transição entre o climatério e a menopausa, a mulher precisa de um acompanhamento duplo: ginecológico e psiquiátrico. A médica ressalta que essa abordagem conjunta é a melhor forma de evitar danos à saúde mental.

A medicina já estuda a reposição hormonal como uma das possibilidades para prevenir doenças mentais no climatério. Estudos recentes mostraram que a terapia com estrógenos, quando aplicada próximo da menopausa, teve uma eficácia benéfica. Dados oficiais também indicam que esse tipo de tratamento pode reduzir em 26% o risco de demência em mulheres entre 45 e 50 anos. Além disso, a terapia hormonal tem um efeito moderado na diminuição de sintomas depressivos.

Eventualmente, Ana Paula Nonato participou do congresso on Behavior and Emotions, que aconteceu entre os dias 18 e 21 de junho, em Fortaleza. Lá, ela pôde trocar experiências com outros profissionais e se atualizar sobre o tema. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, até 2030, um bilhão de mulheres entrarão na menopausa, o que reforça a importância de discutir e tratar o assunto.

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Ansiedade fez advogada buscar ajuda

A advogada Vanessa Chaves Jerones, de 53 anos, sentiu na pele os efeitos da menopausa. Após ter fortes calores, transpiração excessiva e falhas na menstruação, ela percebeu que precisava de ajuda. Vanessa conta que, como não se preparou para a menopausa, só procurou um psiquiatra quando sua ansiedade, que já era alta, piorou consideravelmente.

A advogada relata que a menopausa lhe causou cansaço físico extremo, isolamento e alterações de humor. Ela lembra de uma situação em que seu corpo “parou” por cerca de quatro minutos, uma experiência assustadora. Vanessa descobriu que seus hormônios estavam baixos e, após iniciar a reposição hormonal, conseguiu controlar os sintomas.

Para outras mulheres, a recomendação de Vanessa é clara: façam a prevenção. “Procurem por um psiquiatra. Temos a questão hormonal, mas também a emocional, que abala muito a gente, dificultando a menopausa”, ela afirma. “Afinal, se a gente estiver controlada emocionalmente, tudo que a gente enfrentar será mais leve”.

Veja mais detalhes na reportagem:

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