Em entrevista a Raphael Thebas, Mario Povia, presidente do Instituto Brasileiro de Infraestrutura, alertou sobre os riscos das novas tarifas de Trump sobre aço e alumínio brasileiros. Segundo ele, a medida pode causar prejuízos de US$ 2 bilhões em 2025.
Impacto imediato das tarifas
Principalmente, o setor portuário será afetado. Por exemplo, o Porto de Santos, que responde por 5,2% do crescimento das exportações de minério este ano. Além disso, commodities como minério de ferro (400 mi t/ano) e combustíveis (232 mi t) perderão competitividade.
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Estratégias de resposta
Como solução, Povia sugere:
- Priorizar o Arco Norte (portos do Pará e Maranhão), que já aumentou 87% a movimentação de grãos.
- Acelerar obras como o alongamento de cais em Santos.
- Aprovar o Marco das Ferrovias, crucial para reduzir custos.
Riscos geopolíticos
Para piorar, a medida pode forçar o Brasil a se aproximar de Rússia e Irã. Vale lembrar que o país é 4º em mercado de games (R$ 13 bi/ano) e 3º em agroexportações – setores que geram empregos nos EUA.
Ações do Congresso e STF
Por um lado, Povia cobra retaliações como taxar trigo e softwares americanos. Por outro, destaca que o STF pode garantir compensações, assim como fez com aposentados.
Prazo apertado
Com apenas 90 dias até as tarifas virarem lei, ele afirma:
- Se houver articulação, o Brasil pode sair fortalecido.
- Caso contrário, as perdas podem chegar a US$ 15 bi até 2026.
Enquanto isso, o Senado deve discutir medidas ainda em agosto.
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