A modernização faz parte das melhorias que contemplam os 100 anos da instituição. As válvulas esféricas são como registros gigantes que controlam o fluxo de água que alimenta as seis unidades geradoras da usina subterrânea do Complexo Henry Borden. Cada válvula esférica pesa em torno de 60 toneladas, e sua chegada à usina, assim como sua troca, exige um planejamento logístico minucioso.
O grande desafio fica por conta da etapa de substituição dessas válvulas. É necessário interromper a operação das seis unidades geradoras da usina subterrânea, pois o túnel que as alimenta precisa ser drenado. Para que isso ocorra, as comportas da tomada d’água devem ser fechadas, barrando toda a água do reservatório do Rio das Pedras. Todo esse processo deve ocorrer dentro de um período de 48 horas.
Sobre a Henry Borden
O complexo localizado no sopé da Serra do Mar, em Cubatão, é composto por duas usinas de alta queda (720 m), denominadas de Externa e Subterrânea, com 14 grupos de geradores acionados por turbinas Pelton, perfazendo uma capacidade instalada de 889MW, para uma vazão de 157m 3 /s. Desde outubro de 1992, a operação desse sistema vem atendendo às condições estabelecidas na Resolução Conjunta SMA/SES 03/92, de 04/10/92, atualizada pela Resolução SMA-SSE-02, de 19/02/2010, que só permite o bombeamento das águas do Rio Pinheiros para o Reservatório Billings para controle de cheias, reduzindo em 75% aproximadamente a energia produzida em Henry Borden.
Usina Subterrânea
A Usina é composta de seis grupos geradores, instalados no interior do maciço rochoso da Serra do Mar, em uma caverna de 120 m de comprimento, 21 m de largura e 39 m de altura, cuja capacidade instalada é de 420MW.
O primeiro grupo gerador entrou em operação em 1956. Cada gerador é movido por uma turbina Pelton acionada por quatro jatos d’água.