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Anac cassa certificado de operação da Voepass; companhia está proibida de voar no Brasil

Decisão encerra definitivamente as atividades da empresa, multada em R$ 570 mil após falhas graves de manutenção — 10 meses depois do acidente que matou 62 pessoas em Vinhedo (SP)

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas e editora-chefe do Balanço Geral. Apaixonada por jornalismo, com especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica. Mãe do Nietzsche (o cão, não o filósofo) e do Luck, meu "Felix Felicis".
Acidente da Voepass completa duas semanas: Câmara terá comissão
Foto: reprodução

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) cassou, nesta terça-feira, 24 de junho, o Certificado de Operador Aéreo (COA) da Passaredo Transportes Aéreos, principal empresa do grupo Voepass. A medida é definitiva e impede a companhia de realizar qualquer voo comercial de passageiros ou cargas no Brasil.

Segundo a agência, a cassação foi motivada por falhas graves e persistentes no sistema de supervisão de manutenção da empresa, detectadas durante uma “operação assistida” iniciada após o acidente aéreo de 2024. Mesmo advertida, a Voepass não corrigiu de forma efetiva as irregularidades, voltando a descumprir normas básicas de segurança.

Tragédia em Vinhedo acendeu o alerta sobre falhas internas

A decisão da Anac ocorre cerca de dez meses após a queda de um avião da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo. O acidente, registrado em 9 de agosto de 2024, resultou na morte de 62 pessoas e levantou sérias dúvidas sobre a qualidade dos controles internos da companhia. A aeronave fazia o trajeto entre Ribeirão Preto e São Paulo quando perdeu altitude minutos após a decolagem e caiu em uma área de mata.

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O caso chocou o país e motivou auditorias emergenciais na estrutura operacional da empresa, que culminaram, em março deste ano, na suspensão provisória de todas as operações. A “operação assistida”, conduzida por técnicos da Anac, apontou repetição de falhas e negligência nos padrões de manutenção exigidos pela aviação civil.

Entenda o que levou à cassação

  • Falhas de manutenção – A empresa não realizava inspeções obrigatórias em aeronaves, descumprindo normas que exigem dupla checagem em serviços críticos.
  • Reincidência – Mesmo após advertências e correções temporárias, os problemas voltaram a ocorrer em outras aeronaves da frota.
  • Perda de confiança – A Anac concluiu que o sistema interno da companhia não oferecia mais garantias mínimas de segurança, representando risco às operações.

O que é o COA?

O Certificado de Operador Aéreo é o documento que autoriza uma empresa a voar no Brasil. Para mantê-lo, a companhia deve comprovar capacidade técnica e garantir controles rígidos de segurança. A perda do COA inviabiliza completamente a atuação da Voepass no setor aéreo comercial.

Impactos para o mercado e passageiros

A Voepass operava voos regionais em dezenas de cidades brasileiras e mantinha parcerias com outras companhias em regime de compartilhamento de voos. Com a cassação, passageiros com bilhetes emitidos devem procurar diretamente a empresa para reembolso ou acionar órgãos de defesa do consumidor.

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O setor de aviação regional pode sofrer impactos temporários, com redução da malha aérea em cidades menores e necessidade de readequação de oferta por parte de outras companhias.

A Anac afirma que segue comprometida com o rigor nas fiscalizações e com a proteção dos passageiros. A multa aplicada à empresa ultrapassa R$ 570 mil, e o caso se soma a outras ações recentes que visam reforçar a cultura de segurança na aviação brasileira.

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