Nesta terça-feira, 24 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) oficializou a proibição da fabricação, importação e comercialização de termômetros e esfigmomanômetros (aparelhos que medem pressão) contendo mercúrio. Apesar de amplamente utilizados no passado, esses aparelhos já estão fora do mercado há anos, devido a riscos associados à saúde e ao meio ambiente.
A resolução publicada pela Anvisa atualiza uma normativa anterior, que já havia vetado esses dispositivos desde 2019. A proibição é resultado da Convenção de Minamata, um acordo internacional que visa eliminar o uso de mercúrio, substância nociva que pode causar sérios danos neurológicos e ambientais, especialmente em casos de descarte inadequado ou quebra dos aparelhos.
A venda desses termômetros já não era comum em farmácias, mas muitas pessoas ainda utilizam os modelos antigos em casa. A recomendação da Anvisa é que, em caso de quebra, o mercúrio seja manuseado com extrema cautela, evitando a exposição direta e seguindo procedimentos de descarte adequados. Para quem possui esses aparelhos em casa, o uso ainda é permitido, mas é essencial garantir que o descarte ocorra de maneira segura.
No Senado, a Comissão de Assuntos Sociais discute um projeto de lei que visa criar uma Política Nacional de Prevenção à Exposição ao Mercúrio.
A oficialização da proibição, embora não traga grandes mudanças práticas para o consumidor, reforça a preocupação com a segurança e a saúde pública, além de manter o Brasil alinhado com as normas internacionais para a eliminação do mercúrio.
