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Arlindo Cruz, morto aos 66 anos, teve AVC hemorrágico; entenda a doença

Sambista morreu aos 66 anos após enfrentar sequelas graves de um AVC hemorrágico sofrido em 2017; veja sintomas, causas e consequências da doença.

O sambista Arlindo Cruz, morto aos 66 anos nesta sexta (8), teve um acidente vascular cerebral (AVC) em 2017 e passou os anos seguintes enfrentando sequelas e complicações.

De acordo com a família, após o AVC, o cantor desenvolveu uma doença autoimune e passou a depender de equipamentos médicos para manter funções vitais, como para se alimentar, por meio de sonda diretamente no estômago, e para respirar, por meio da traqueostomia (abertura cirúrgica na traqueia).

Arlindo ficou quase um ano e meio hospitalizado antes de retornar para casa para cuidados domiciliares. Em abril de 2025, o sambista foi internado no hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, após um diagnóstico de pneumonia e com o agravamento de seu quadro clínico, médicos optaram pela indução ao coma em julho.

O tipo de AVC que Arlindo sofreu foi o hemorrágico. Nessa modalidade, o vaso sanguíneo fica dilatado e se rompe, provocando sangramento no cérebro. O AVC isquêmico, por outro lado, caracteriza-se pelo entupimento de um vaso sanguíneo, uma artéria que não consegue mais levar sangue para uma região do cérebro.

O hemorrágico, na maioria dos casos, acontece por hipertensão arterial não controlada. “Isso acarreta fragilidade na parede de vasos arterial e ruptura desse vaso com extravasamento de sangue, vasos de fino calibre”, afirmou Felipe Aydar Sandoval, neurologista do Hospital Sírio-Libanês. Outros fatores de risco para o AVC são o tabagismo e a pressão alta.

OS SINTOMAS DO AVC HEMORRÁGICO

Os sintomas dependem do tamanho e da localização onde ocorreu o AVC. Pode afetar a área motora, causando paralisia em parte do corpo, ou a área linguística, ocasionando dificuldades para falar ou escrever.

Entre os sintomas estão aqueles também presentes no AVC isquêmico: perda repentina da força muscular, redução ou perda da visão, dificuldades para falar, tontura, formigamento em um dos lados do corpo e alterações da memória. Além disso, o AVC hemorrágico causa náuseas e vômito, inchaço cerebral, aumento da pressão intracraniana, dor de cabeça repentina e muito intensa. Um AVC profundo pode fazer com que a pessoa entre em coma e até venha a óbito.

Para diferenciar os dois tipos é preciso realizar um exame de tomografia computadorizada, pois ambos têm sintomas semelhantes.

SEQUELAS E CONSEQUÊNCIAS

As sequelas também variam de caso a caso e podem ser cognitivas e físicas, comprometendo principalmente aspectos motores e linguísticos. Entre elas estão alterações na fala, dificuldades para se locomover, fraqueza e espasticidade -aumento do tônus muscular, que pode ser doloroso e acarretar em dificuldade para realizar tarefas como se trocar. A sequelas no movimento podem ser para o resto da vida.

Se o hematoma for muito profundo e a pessoa permanecer em coma, como o caso de Arlindo Cruz, ela fica com lesões graves em muitas estruturas cerebrais. Assim, o paciente perde controle sobre a própria respiração e controle da saliva, necessitando usar traqueostomia e gastrostomia. A sequela, muitas vezes, é permanente e depende do tamanho e do local da lesão.

Além disso, no AVC hemorrágico o tratamento é eminentemente cirúrgico. As exceções são quando ele é muito pequeno ou em localizações muito específicas em que não se opera.

Redação / Folhapress

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