Avó de recém-nascido abandonado em lixeira é liberada em audiência de custódia

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas. Especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica.
Avó de recém-nascido abandonado em lixeira é liberada em audiência de custódia
Imagem: Thathi Record

A justiça decidiu pela liberdade provisória da avó de um recém-nascido encontrado em uma lixeira na noite desta segunda-feira, 01, em Campinas. Ela havia sido detida por decisão do delegado que atendeu a ocorrência, por entender que ela cometeu os crimes de infanticídio; corrupção de menor de 18 anos e ocultação de cadáver.

No entanto, ela passou por audiência de custódia na tarde de hoje, 02, e foi determinado que ela vai responder pelos crimes em liberdade, mas deverá cumprir algumas medidas, como comparecer sempre que necessário ao fórum, não poderá frequentar bares e outros estabelecimentos do gênero, nem deixar a cidade por mais de oito dias sem autorização da justiça. Ela também não pode mudar de endereço sem comunicar no processo.

Além da avó, a adolescente de 17 anos que teria dado a luz à criança também está apreendida, mas permanece na Maternidade de Campinas, onde recebe atendimento médico. Ela teve complicações após o parto e precisou de auxílio.

No momento em que o bebê é localizado na lixeira por um coletor de recicláveis, uma viatura dos bombeiros está em frente ao condomínio em que elas moravam realizando o atendimento da adolescente. Imagens de monitoramento registraram o momento em que o recém-nascido é encontrado e o homem corre até a viatura para pedir ajuda.

Pedido de ajuda:

Uma conversa no grupo do condomínio revela que a mãe da adolescente chegou a pedir ajuda aos moradores. Ela afirma que a filha está com muita cólica e que já havia tomado remédio. Os moradores chegam a orientar com indicações de medicamentos e até mesmo a procurar a farmácia para uma injeção.

Mensagem da mãe da adolescente em grupo do condomínio

Mãe da adolescente disse que não sabia da gravidez

A mãe da adolescente, informou aos policiais que sua filha já estava em casa quando chegou do trabalho e que a adolescente se queixou de muita cólica e muita dor. A jovem teria chamado a mãe ao banheiro e lhe contado que havia sido estuprada e achava ter ficado grávida em decorrência do estupro, mas que não falou nada com ela pois não queria preocupá-la.

Segundo relato da mulher à PM, a adolescente teria ficado sozinha por cerca de 5 ou 10 minutos no banheiro, quando a chamou novamente. Ao entrar no cômodo a mulher viu que havia um bebê dentro do vaso, aparentando já estar morto. Ela relatou que entrou em desespero, pegou o bebê e colocou dentro de três sacos e entregou para a outra filha de 9 anos levar o saco e colocar na lixeira do condomínio.

Questionada, a mulher disse que não sabia que sua filha estava grávida. A adolescente foi socorrida ao hospital Maternidade de Campinas, onde permaneceu internada, sem previsão de alta médica. A Perícia técnica compareceu ao local.

O bebê é uma menina e segundo testemunhas estava com cabelos, unhas, cordão umbilical cortado e com tamanho de cerca de 40 a 45 centímetros.

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