Beto do Chapéu é sepultado 6 meses após corpo ser encontrado

Isabela Reis (sob supervisão)
Isabela Reis (sob supervisão)
21 anos, estudante de Jornalismo na Puc Campinas

Beto do chapéu, idoso de 61 anos supostamente assassinado pelo sobrinho, foi enterrado no Cemitério Municipal de Paulínia nesta quarta-feira, 17, seis meses após o corpo ser encontrado. A demora do sepultamento se deu em função do processo de reconhecimento de DNA da ossada do homem.

Diante dos fatos, a família segue dividida. Uma parte defende o jovem, já outra culpa a vítima pelo crime.

O caso:


José Humberto desapareceu no dia 10 de agosto de 2023. Ele era morador de Paulínia e muito conhecido pelo apelido “Beto do Chapéu”. Segundo a família, o idoso havia recebido uma quantia em dinheiro, referente a aposentadoria, antes de desaparecer. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que aposentado comemorava em um bar, no Jardim Flamboyant. Depois disso, ele não foi mais visto.

Investigações:

Com o passar das semanas, os investigadores começaram a suspeitar que o idoso poderia estar morto. Por isso, passaram a interrogar familiares e amigos. Depois de uma longa investigação por meio de câmeras de monitoramento, a Polícia Civil apreendeu dois veículos.

Em um deles, peritos da Polícia Científica encontraram resquícios de sangue no porta-malas. Três homens foram detidos. Entre eles, estava um sobrinho da vítima. Durante o depoimento, um dos suspeitos confessou o envolvimento com o crime e revelou onde estava os restos mortais de Beto do Chapéu. No local apontado, a polícia encontrou uma ossada humada, que posteriormente foi identificada sendo do Beto.

O sobrinho:

O jovem é suspeito de ter cometido o crime junto com outros dois amigos. A motivação seria justamente o dinheiro que o idoso havia acabado de receber da aposentadoria. O trio deve responder pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.

Segundo o delegado Ronei de Carvalho, os indiciados armaram uma emboscada para Beto com o objetivo de roubá-lo, mas o trio encontrou apenas cerca de R$500. O idoso, que foi morto no mesmo dia do assalto, teve o corpo esquartejado e queimado.

O sobrinho do idoso participou das buscas pelo desaparecido, compartilhou inúmeros posts nas redes sociais e apareceu em uma das reportagens exibidas no Cidade Alerta Campinas. Para a irmã de Beto, Rilma Stella, a participação do próprio sobrinho no crime é assustadora. “A família foi destruída. A atitude dele foi monstruosa”, afirmou. A familiar exigiu que a justiça pela morte do irmão seja feita.

*Supervisão Estela Antunes

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