Beto do chapéu, idoso de 61 anos supostamente assassinado pelo sobrinho, foi enterrado no Cemitério Municipal de Paulínia nesta quarta-feira, 17, seis meses após o corpo ser encontrado. A demora do sepultamento se deu em função do processo de reconhecimento de DNA da ossada do homem.
Diante dos fatos, a família segue dividida. Uma parte defende o jovem, já outra culpa a vítima pelo crime.
O caso:
José Humberto desapareceu no dia 10 de agosto de 2023. Ele era morador de Paulínia e muito conhecido pelo apelido “Beto do Chapéu”. Segundo a família, o idoso havia recebido uma quantia em dinheiro, referente a aposentadoria, antes de desaparecer. Uma câmera de segurança flagrou o momento em que aposentado comemorava em um bar, no Jardim Flamboyant. Depois disso, ele não foi mais visto.
Investigações:
Com o passar das semanas, os investigadores começaram a suspeitar que o idoso poderia estar morto. Por isso, passaram a interrogar familiares e amigos. Depois de uma longa investigação por meio de câmeras de monitoramento, a Polícia Civil apreendeu dois veículos.
Em um deles, peritos da Polícia Científica encontraram resquícios de sangue no porta-malas. Três homens foram detidos. Entre eles, estava um sobrinho da vítima. Durante o depoimento, um dos suspeitos confessou o envolvimento com o crime e revelou onde estava os restos mortais de Beto do Chapéu. No local apontado, a polícia encontrou uma ossada humada, que posteriormente foi identificada sendo do Beto.
O sobrinho:
O jovem é suspeito de ter cometido o crime junto com outros dois amigos. A motivação seria justamente o dinheiro que o idoso havia acabado de receber da aposentadoria. O trio deve responder pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.
Segundo o delegado Ronei de Carvalho, os indiciados armaram uma emboscada para Beto com o objetivo de roubá-lo, mas o trio encontrou apenas cerca de R$500. O idoso, que foi morto no mesmo dia do assalto, teve o corpo esquartejado e queimado.
O sobrinho do idoso participou das buscas pelo desaparecido, compartilhou inúmeros posts nas redes sociais e apareceu em uma das reportagens exibidas no Cidade Alerta Campinas. Para a irmã de Beto, Rilma Stella, a participação do próprio sobrinho no crime é assustadora. “A família foi destruída. A atitude dele foi monstruosa”, afirmou. A familiar exigiu que a justiça pela morte do irmão seja feita.
*Supervisão Estela Antunes