A Secretaria de Saúde de Campinas realiza neste sábado, 9 de março, o 6º mutirão de 2024 para prevenção e combate à dengue. A ação começa às 8h e os agentes devem percorrer imóveis das seguintes regiões no período da manhã:
– Núcleo Residencial Gênesis
– Núcleo Residencial Getúlio Vargas
– Núcleo Residencial Parque Dom Bosco
– Parque São Quirino
– Jardim Santana
– Vila Nogueira
– Cafézinho
– Jardim Nilópolis
– Capadócia
Os locais foram selecionados por causa do número de casos confirmados ou suspeitos de dengue nos últimos 14 dias e o objetivo é mobilizar a população para cuidados. O ponto de encontro das equipes será o Centro de Educação Infantil (CEI) Recanto da Alegria. Ele fica na Rua Joaquim Gomes Ferreira, 12, no Jardim Nilópolis.
O mutirão deste sábado deve reunir pelo menos 100 agentes da Saúde, incluindo os trabalhadores da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminação de criadouros. Eles usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. Em caso de dúvidas sobre a identificação, a população pode pedir informações pelo telefone 199, da Defesa Civil.
Diante da epidemia, a Saúde faz um apelo para que a população colabore nos trabalhos. A média de pendência verificada nas ações deste ano está em 51,7%, portanto, metade dos imóveis fica inacessível por estar fechado, desocupado ou impedimento do morador.
A Administração repetirá a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros do Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.
O mutirão será multisetorial e conta com apoio de profissionais das secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e Trabalho e Renda, além da Guarda, Defesa Civil, Sanasa e Emdec.
Estatísticas
De 1º de janeiro até quinta, 7 de março, Campinas teve 14.838 casos confirmados de dengue e três mortes. Além disso, foram registrados dois casos importados de chikungunya.
O Aedes é vetor das duas doenças e, por isso, a melhor forma de prevenção é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados.
Preocupação
Campinas registra pela primeira vez na história a cocirculação de três sorotipos da dengue: DEN 1, DEN 2 e DEN 3. Além disso, desde o início de outubro a cidade tem apresentado condições climáticas consideradas ideais para o desenvolvimento e proliferação do Aedes.
A Saúde também observou aumento de casos confirmados de dengue nas últimas semanas, três mortes pela doença, e projeções indicam a possibilidade de Campinas alcançar o pico da epidemia no mês de abril.