A Secretaria de Saúde de Campinas registrou mais dois casos confirmados de febre maculosa em 2024 que evoluíram para cura, ambos ocorreram em agosto.
Segundo a prefeitura, a cidade totaliza desde janeiro quatro casos e um óbito pela doença, sendo o primeiro registro, com morte, em maio, já o segundo caso evoluiu para cura e foi em junho. O perfil dos pacientes foi liberado pela secretaria de saúde:
- Homem, 56 anos, residente na área de abrangência do CS Carvalho de Moura. O local provável de infecção é uma chácara localizada nas proximidades do Rio Capivari.
- Homem, 64 anos, residente na área de abrangência do CS Sousas. O local provável de infecção é uma fazenda localizada no mesmo distrito.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença grave, com alta letalidade, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. A infecção se dá pela picada do carrapato-estrela infectado com esta bactéria. Na fase jovem, ele pode parasitar qualquer animal, inclusive o ser humano, que frequenta áreas com vegetação, especialmente onde há cavalos, capivaras e outros animais silvestres.
Em 2023 foram contabilizados 20 casos, 17 com transmissão no município, e sete óbitos.
Os sintomas iniciais são febre, dor de cabeça e dor no corpo, com piora progressiva e surgem de dois a 14 dias após a picada do carrapato infectado, podendo ser confundidos com outras doenças, como dengue, leptospirose, gripe e covid-19.
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado logo nos primeiros dias de sintomas para evitar agravamento e possível óbito. É importante evitar contato direto com vegetação, principalmente perto de rios, córregos e lagoas, utilizar roupas e calçados que cubram o corpo e ficar atento para retirar rapidamente eventuais carrapatos aderidos à roupa e ao corpo.
Caso a pessoa apresente febre entre dois a 14 dias após frequentar áreas verdes, a pessoa deve procurar imediatamente um serviço de saúde e informar que esteve em local onde o carrapato-estrela pode estar presente. Com isso, a Saúde ressalta a importância de não banalizar sintomas, uma vez que o tratamento oportuno é imprescindível para salvar vidas.