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Carteira assinada bate recorde e informalidade recua, aponta IBGE

Foto: Karolina Fabbris Pacheco/AEN-PR

O mercado de trabalho brasileiro apresentou sinais positivos entre fevereiro e abril de 2025, com aumento expressivo no número de trabalhadores com carteira assinada e redução da informalidade. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta quarta-feira (29) pelo IBGE.

A taxa de desocupação ficou em 6,6%, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior (6,5%) e registrando queda de um ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2024. Cerca de 7,3 milhões de brasileiros estavam sem trabalho no período analisado, número inferior aos 8,2 milhões registrados um ano antes.

A quantidade de pessoas ocupadas chegou a 103,3 milhões, o que representa crescimento de 2,4% em relação ao ano passado. O nível de ocupação — proporção de pessoas empregadas dentro da população em idade ativa — atingiu 58,2%, um avanço de 0,9 ponto percentual na comparação anual.

Entre os dados mais significativos está o recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado: 39,6 milhões. O crescimento foi de 0,8% frente ao trimestre anterior e de 3,8% em relação ao mesmo período de 2024. Essa formalização ajudou a reduzir a taxa de informalidade para 37,9%, o menor índice desde o ano passado, o que representa cerca de 39,2 milhões de trabalhadores informais no país.

O analista da pesquisa, William Kratochwill, destaca que o cenário reflete uma absorção consistente da força de trabalho. “A estabilidade nas taxas de desocupação e subutilização confirma a capacidade do mercado de manter parte dos postos gerados no fim do ano passado, muitos deles temporários”, afirmou.

Outro destaque foi a massa de rendimento real habitual, que atingiu R$ 349,4 bilhões — maior valor da série histórica. O crescimento foi de 5,9% em relação ao ano anterior, impulsionado por aumentos pontuais nos setores público e privado com carteira assinada. Já o rendimento médio mensal ficou em R$ 3.426, com alta de 3,2% frente ao mesmo trimestre de 2024.

Na análise por setor, apenas o grupamento de administração pública, defesa, educação, saúde e assistência social apresentou crescimento na comparação com o trimestre anterior, impulsionado pela retomada do ano letivo e a consequente contratação de profissionais de apoio. No recorte anual, outros cinco setores também ampliaram sua força de trabalho, com destaque para comércio, indústria e transportes.

Por outro lado, o setor agropecuário foi o único a apresentar redução no número de ocupados: menos 348 mil trabalhadores, queda de 4,3%.

A PNAD Contínua é a principal fonte de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro. A pesquisa cobre 211 mil domicílios e é realizada a cada trimestre em mais de 3.500 municípios, com apoio de dois mil entrevistadores e mais de 500 agências do IBGE em todo o país.

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