O custo da cesta básica em Campinas voltou a subir entre março e abril deste ano, com variação de 4,12%, alcançando R$834,01 — o valor mais alto desde setembro de 2022, segundo levantamento do Observatório PUC-Campinas. A batata liderou o aumento de preços, com alta expressiva de 56,96%.
Após registrar um leve recuo em março, o valor da cesta voltou a pressionar o bolso do consumidor. O patamar de abril representa um novo recorde desde que o levantamento começou a ser realizado pela universidade. No ranking das 17 cidades monitoradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Campinas teve a segunda maior elevação mensal, ficando atrás apenas de Porto Alegre. No acumulado de 2024, lidera com a maior variação entre todas as localidades pesquisadas.
Nos últimos 12 meses, o aumento da cesta em Campinas chega a 12,16%. Entre os 13 produtos analisados, oito apresentaram aumento de preço. Além da batata, o tomate teve reajuste de 18,22% em abril e acumula alta de 121,75% apenas nos quatro primeiros meses do ano. O café também continua encarecendo, com nova elevação de 6,91%, somando um acréscimo de 39,11% no acumulado de janeiro a abril.
Por outro lado, alguns alimentos registraram queda. A banana apresentou recuo de 5,33%, enquanto o arroz teve variação negativa de 1,34%.
A tendência de alta observada em Campinas acompanha o cenário nacional, mas com ritmo mais acentuado. Entre os fatores que explicam os aumentos estão oscilações climáticas, problemas logísticos e variações de oferta e demanda, que afetam diretamente os preços dos hortifrutis e de produtos essenciais.



