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Envenenamento de animais causa revolta e medo em moradores de Limeira

Em cinco dias, seis animais foram envenenados no bairro Manacás, em Limeira; moradores estão com medo e autoridades investigam o caso.

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas e editora-chefe do Balanço Geral. Apaixonada por jornalismo, com especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica. Mãe do Nietzsche (o cão, não o filósofo) e do Luck, meu "Felix Felicis".
Envenenamento de animais causa revolta e medo em moradores de Limeira
Foto: divulgação

Uma sequência de envenenamentos de animais de estimação tem causado medo e indignação entre os moradores da Rua Terezinha Lahr Bertolo, no bairro Manacás, em Limeira. Em apenas cinco dias, seis casos foram registrados: quatro gatos e dois cães morreram após ingerirem veneno, possivelmente chumbinho — substância de uso proibido no Brasil, mas ainda encontrada no comércio ilegal.

Desde que os primeiros casos surgiram, os tutores passaram a redobrar os cuidados com os animais. É o caso de Israel Rukamoronussi, morador da rua, que agora evita deixar seus pets circularem pela área externa.

“Tenho cães e gatos, e agora só deixo eles dentro de casa. A gente fica se perguntando: pra que fazer uma coisa dessas?”, desabafou.

A vizinhança ficou especialmente abalada após a morte dos quatro gatos de uma moradora conhecida por acolher e cuidar de animais de rua.

“Ela ficou muito abalada. Amava os bichos, o gato Frajola todo mundo da rua conhecia. Ela deixava de fazer as coisas em casa pra cuidar dos animais”, contou o vizinho Willismar Moreira.

Atendimento veterinário
Dos seis animais envenenados, três foram levados para a mesma clínica veterinária da cidade. Segundo o veterinário Henrique Maezi, um gato já chegou sem vida e dois cães foram internados, mas não resistiram.

“Eles apresentavam tremores, salivação intensa, convulsões. Todos chegaram com sinais compatíveis com envenenamento por chumbinho. É uma substância letal, de efeito muito rápido”, explicou.

Henrique alertou ainda que, ao identificar sintomas, os tutores não devem tentar socorrer os animais em casa.

“Nada de leite, nem carvão ativado. O ideal é levar imediatamente para atendimento veterinário. O tempo é crucial”, reforçou.

Investigações e reforço na segurança

Segundo a Guarda Civil Municipal, os primeiros casos foram registrados no dia 27 de julho. Desde então, o patrulhamento na região foi reforçado.

“Recebemos a informação do possível envenenamento e desde então intensificamos as rondas no bairro Manacás, atuando em conjunto com a Polícia Civil para tentar identificar o responsável”, informou o subcomandante da GCM, inspetor Hailer.

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o crime e tenta localizar testemunhas que possam colaborar com a investigação. Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 153.

Enquanto isso, os moradores seguem em alerta e mudaram completamente a rotina para proteger os animais de estimação. A rua que antes via cães e gatos circulando livremente, agora está silenciosa — marcada pelo medo e pela dor de quem perdeu seus companheiros.

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