Etapa concluída: Campinas atinge 430 quilômetros de troca de redes de água

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas. Especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica.
Etapa concluída: Campinas atinge 430 quilômetros de troca de redes de água
Foto: reprodução

A Sanasa e a Prefeitura de Campinas anunciaram hoje que atingiram a marca de 430 km de redes de água trocadas na cidade. A substituição das tubulações antigas por novas, em polietileno de alta densidade (PeAD), integra o Programa de Redução de Perdas e o Plano Campinas 2030, que teve início em 2021.

O Plano previa, inicialmente, chegar a 450 quilômetros de redes trocadas até o fim deste ano, porém esta meta deve ser antecipada, e até o fim do ano, será ultrapassada, de acordo com o prefeito Dário Saadi.

Esses novos 450 km de redes trocadas beneficiarão cerca de 281 mil pessoas em mais de 90 bairros onde as obras estão sendo executadas. Só no Jardim Novo Campos Elíseos já foram substituídos 25,2 quilômetros de novas redes.

Durabilidade maior

As novas tubulações em PeAD são mais resistentes e têm durabilidade superior a 50 anos. Significa que, ao entrarem em operação, haverá redução drástica de vazamentos causados por rompimentos e, consequentemente, de interrupções no fornecimento de água para manutenções emergenciais.

Menos vazamento resulta em menos perda de água na distribuição, e Campinas é nota 10 no ranking de saneamento, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, no Índice de Perdas na Distribuição (IPD) entre as cidades acima de 500 mil habitantes. Hoje, o IPD de Campinas é de 19,75%, contra 37,78% da média nacional, ou seja, a cada 100 litros de água tratada, quase 38 se perdem em vazamentos.

Com a troca de redes antigas, Campinas atingiu, em 2023, a marca de 0,32 rompimentos por quilômetro, índice inferior ao da Bélgica (0,37, em 2020), segundo dados do Banco Mundial.

Método não destrutivo

As novas redes são instaladas com a tecnologia MND (Método Não Destrutivo). No passado, para as redes serem trocadas, era necessário abrir uma vala em toda a extensão da rua, causando inúmeros transtornos para os moradores e ao trânsito. Com o MND, bastam dois pequenos recortes no início e fim da quadra para que o equipamento (semelhante aos tatuzões que abrem túneis de metrô, mas em escala muito menor) faça a troca, diminuindo o impacto da obra. Enquanto o serviço é realizado, as casas são abastecidas por redes provisórias aéreas, que são desativadas ao término da obra.

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