Família e amigos fazem protesto pela morte da dentista em Araras

Jéssica Fagnano
Jéssica Fagnano
Jornalista, 31 anos.
Familiares e amigos protestam contra a morte da dentista, de 40 anos.

Familiares e amigos de Bruna Viviane Anglieri, de 40 anos, se reuniram e caminharam pelo centro de Araras, na manhã desse domingo, 01, pedindo justiça pela morte da dentista. Ela foi encontrada carbonizada em cima da própria cama, no último dia 27 de setembro, no bairro Distrito Industrial, em Araras.

O protesto aconteceu em dois pontos da cidade. Primeiro, em frente a delegacia de defesa da mulher, em seguida, em frente a delegacia onde se concentram as investigações. Com cartazes, os manifestantes pediam pela identificação e prisão do responsável pela morte da dentista.

Um homem é apontado como suspeito: o ex namorado dela. Ele havia agredido e ameaçado Bruna depois de invadir o condomínio. O homem prestou depoimento e negou envolvimento no assassinato. A polícia não encontrou provas para pedir a prisão dele e por isso, depois de ser interrogado, o suspeito foi liberado e vai ser investigado.

“A Bruna foi brutalmente assassinada e a pessoa está solta ainda, podendo matar outras pessoas, outras vitimas. Veio aqui, esclareceu o depoimento, deu o depoimento para o delegado e mesmo assim está solto.” declarou uma amiga da Bruna, a empresária Ana Carolina.

Priscila Padilha, outra amiga da Bruna, desabafou: “é uma indignação. Ela era uma pessoa querida. É uma fatalidade, uma agressão tremenda e todos estão aqui por conta mesmo de rever os conceitos. Que isso não fique impune.”

Durante o protesto, a mãe da dentista teve que ser amparada várias vezes. Foi a dona Ivone, de 68 anos, quem achou a própria filha morta. Ela não quis gravar entrevista.

O crime

Bruna foi assassinada com pancadas na cabeça e teve o corpo queimado, dentro da casa onde morava, em um condomínio fechado. Ela foi encontrada já sem vida. Segundo o delegado que investiga o caso, Dr. Tabajara, a vítima foi severamente agredida no rosto e ficou desacordada. O delegado ainda acredita que a vítima já estava morta quando o corpo foi carbonizado. Bruna era dentista, e também professora e coordenadora de pós-graduação, em uma faculdade de araras. era divorciada e deixou um filho de apenas 7 anos.

A dentista teve outro relacionamento depois do fim do casamento. namorou por cerca de 1 ano. Havia terminado em agosto mas o ex companheiro ainda procurava por Bruna. Ele segue sendo investigado em liberdade.

No dia do sepultamento o velório da dentista foi interrompido e o corpo retornou ao IML. Foi um pedido da polícia civil de novos exames no cadáver, que vão apontar se havia alta concentração de gás carbônico na corrente sanguínea o que indicaria que ela foi queimada viva.

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