A festa tradicional Campineira Boi Falô deu início a partir das 11h da manhã desta sexta, na praça do coco, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas.
No local é realizado diversas apresentações culturais, o grupo de cultura popular As Caixeiras das Nascentes, além de histórias contadas e almoço servido no local, com a habitual macarronada. Essa será a 28ª edição.
A realização da festa é da Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas em parceria com a Subprefeitura de Barão Geraldo, com o Centro Cultural Casarão, com a feira de Barão Geraldo, associação dos artesãos e expositores da Feira de Barão.
A festa foi criada em 1988 para comemorar o centenário da abolição, já que a lenda do boi falô também é popularmente contada na história do escravizado Toninho, forçado a trabalhar numa sexta-feira santa, obedeceu e, chegando ao pasto, o boi olhou para ele e disse: “Toninho, hoje não é dia de trabalhar, hoje é dia de se guardar”.
O escravizado correu para a sede da fazenda gritando: “O boi falô, o boi falô!” e contou o que havia acontecido e, naquele dia, ninguém trabalhou.
O capataz, que era homem descrente, virou rezador e Toninho virou pessoa de confiança do Barão Geraldo de Rezende, trabalhando dentro da casa até sua morte, quando foi enterrado ao lado do barão por seus serviços prestados à família. No dia de finados, o túmulo de Toninho é um dos mais visitados na cidade.
