A Polícia civil concluiu neste sábado, 17, o inquérito da morte de Vanessa Veroneze Francisco, de 36 anos, morta com um tiro na nuca no dia 27 de novembro de 2023, na área rural de São Pedro.
O marido da vítima tinha sido preso temporariamente no dia 20 dezembro, pela equipe da Deic, Delegacia de Especializada em Investigações Criminais. Agora a prisão foi convertida para preventiva e o homem permanece preso.
Segundo a polícia civil, ele foi indiciado por feminicídio, posse ilegal de arma de fogo, furto qualificado em relação a arma, fraude processual e coação no curso do processo.
“Com os elementos de investigação que foram aferidos podemos dizer que sim (agiu sozinho) pois não foi colhido qualquer elemento suficiente a indicar envolvimento de outra pessoa e o investigado em nada colaborou, continua negando envolvimento”; afirma o delegado Marcel Willian Oliveira de Sousa.
O crime
A mulher foi morta com um tiro na nuca no dia 27 de novembro, próximo ao sítio em que morava com o marido, na zona rural de São Pedro.
No dia do crime, o marido contou à polícia que ela foi morta durante um assalto. Ele alegou que criminosos entraram na propriedade, agrediram os dois e que ele ainda teria sido obrigado a tomar um remédio.
O marido também narrou que foi golpeado na cabeça e abandonado na entrada do sítio. A mulher teria sido levada pelo criminoso e executada. O corpo dela foi encontrado a cerca de um quilômetro do local, dentro da caminhonete da família.
O homem também disse que o assaltante estava encapuzado e usava luvas e ameaçou matar a filha do casal, de apenas 07 anos. O suspeito teria roubado R$ 6 mil que estavam na casa.
Após investigações a polícia concluiu que a versão fornecida pelo marido era falsa e que ele seria o responsável por arquitetar a morte de Vanessa.
A arma
A Polícia Civil já havia confirmado dia 30 de novembro, que a arma encontrada em um canavial próximo ao local onde Vanessa foi morta pertencia ao sogro dela. A arma foi encontrada após uma pichação indicar a localização à polícia.
Ainda de acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcel Souza, havia um boletim de ocorrência no nome do sogro um mês antes do crime, onde o homem relatou que a arma foi furtada. O sogro prestou depoimento na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Piracicaba, mas negou envolvimento na morte da nora.
Equipes da Polícia Civil encontraram uma pichação na parede de uma casa em construção, dentro do sítio da família de Vanessa Veroneze, 36 anos. A inscrição informava a localização do arma usada no crime. As coordenadas levaram a uma estrada na mesma região de onde Vanessa foi encontrada morta.
A partir desta indicação a Polícia localizou um revólver calibre 38 que pode ter sido usado para executar a produtora rural. A arma estava dentro de um recipiente plástico na zona rural de São Pedro.
Familiares da vítima e testemunhas prestaram depoimento e imagens de câmeras de segurança foram analisadas.
