Fios de Sustentação Facial. Será o fim da cirurgia plástica da face?

Dr. Francisco Tribulato
Dr. Francisco Tribulato
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Speaker internacional Sinclair. Referência em rejuvenescimento facial e contorno corporal. Formado na Universidade de Marília. Residência médica em Cirurgia Geral na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Residência médica em Cirurgia Plástica no Instituto Brasileiro de Cirurgia Plástica.

A cirurgia plástica e a dermatologia moderna contam com diversos produtos e procedimentos que visam o rejuvenescimento ou o retardo do envelhecimento, sempre aliando saúde à melhora estética. Para esse fim, o estímulo de colágeno se torna imprescindível. A partir dos 30 anos de idade, há uma queda gradativa na produção de colágeno em nosso organismo, que junto com a elastina, são proteínas estruturais responsáveis pela hidratação, elasticidade e suporte na pele, músculos, ossos, tendões e vasos sanguíneos. Os níveis dessas proteínas decaem de forma ainda mais abrupta após a menopausa nas mulheres. O resultado na face é o aparecimento de sulcos mais profundos, falta de definição nos contornos da face, pele ressecada, flacidez de pele, aparecimento de rugas finas, dentre outras modificações.

Os fios de sustentação facial surgiram há quase 30 anos, visando reposicionar a pele e os tecidos superficiais da face, como uma opção à cirurgia plástica estética tradicional da face.
Os primeiros fios para esse propósito foram os fios inabsorvíveis, permanentes, fios russos, fios búlgaros e fios de ouro. Com o avanço da medicina e da tecnologia, surgiram os fios de PDO (polidioxanona) e então os fios de PLLA (ácido polilático), que são fios absorvíveis que ao longo de sua degradação estimulam intensamente a produção de colágeno.

Os fios de sustentação mais modernos são à base de PLLA (ácido polilático), e contam com vários micro-cones ao longo dos fios, que quando inseridos no tecido subcutâneo da face, se auto-ancoram nesse tecido promovendo um efeito lifting facial imediato, e um gradual aumento da concentração de colágeno do tipo I, que é o tipo de colágeno de maior interesse na dermatologia. Esse procedimento nos permite tracionar em torno de 1,5 cm de pele. É realizado sob anestesia local, no consultório, com duração de 20-30 minutos. A durabilidade do resultado varia de 18-30 meses de acordo com a seleção adequada do paciente e o número de fios utilizados.

A melhor indicação é para o paciente de meia idade, quando iniciam os sinais de envelhecimento da face, com flacidez leve a moderada de pele. É importante frisar que o lifting facial com fios de sustentação não substitui o lifting facial cirúrgico. As indicações são diferentes. O lifting facial cirúrgico é indicado para o paciente mais envelhecido, com pobre qualidade de pele e flacidez músculo-cutânea importante.
E não pára por aí… com esses fios podemos arquear a sobrancelha, rejuvenescer o pescoço envelhecido, reposicionar o “umbigo triste”, amenizar a flacidez do “tchauzinho” nos braços, enfim, diversas possibilidades quando visamos lifting e estímulo de colágeno.

Os fios de sustentação facial vem ganhando cada vez mais espaço nas clínicas de dermatologia e cirurgia plástica, visto os resultados naturais, com grande ganho em concentração de colágeno na pele, e sem afastar o paciente das atividades do dia a dia.

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