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Frente Parlamentar mira crimes digitais contra crianças em SP

Foto: Alesp

Uma nova frente de combate aos crimes virtuais envolvendo crianças e adolescentes foi lançada nesta semana na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Coordenada pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), a Frente Parlamentar de Combate à Violência em Ambiente Digital reúne autoridades, especialistas e entidades ligadas à segurança digital, com foco em prevenir e investigar aliciamentos em plataformas como Discord e TikTok.

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A iniciativa busca enfrentar um problema crescente: a manipulação de menores por meio de desafios perigosos, grupos clandestinos e interações criminosas no ambiente virtual. Para Zimbaldi, a criação do colegiado é uma resposta urgente à escalada de casos que envolvem estupro virtual, automutilação e suicídios incentivados por dinâmicas criminosas.

“A tecnologia pode salvar, mas também destrói. O número de jovens mortos após participarem de desafios on-line é assustador. Há incentivo claro à automutilação e até à violência contra terceiros nesses grupos”, afirmou o parlamentar durante o lançamento, ocorrido na terça-feira (10).

De acordo com dados apresentados na cerimônia, mais de 100 criminosos foram presos desde 2023 por aliciar menores na internet. No mesmo período, 15 grupos perigosos — chamados de “panelas” — foram desarticulados no Discord. Em 2025, já foram evitados 59 suicídios e 15 possíveis ataques a escolas.

Entre as entidades que integram a frente está o Instituto Aegis, responsável por importantes investigações digitais em parceria com o Núcleo de Observação e Análise Digital (Noad) da Polícia Civil. Apenas neste ano, o trabalho conjunto já salvou mais de 300 vidas. O instituto é liderado por Luís Guilherme de Sá, com coordenação da jornalista Carla Albuquerque.

Outro dado preocupante vem do Instituto DimiCuida: entre 2014 e 2025, pelo menos 56 crianças e adolescentes, entre 7 e 18 anos, morreram ou sofreram ferimentos graves após participarem de jogos virtuais com práticas como sufocamento, apneia e autoagressão.

A frente também propõe elaborar um mapeamento das vulnerabilidades no ambiente digital para alunos da rede pública, com o objetivo de apresentar ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) um plano de ação com medidas nas áreas de segurança, saúde mental e educação.

O colegiado reúne especialistas de diferentes áreas, como a delegada Lisandrea Colabuono (Noad), a advogada Tanila Savoy (Anvint), o jurista Luciano Santoro, os psiquiatras Felipe Becker e Hewdy Ribeiro, a educadora midiática Samantha Plonczynski e a delegada Ivalda Oliveira Aleixo (DHPP), entre outros nomes de relevância nacional.


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