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Governo Federal propõe isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 Mil

Foto: Agência Brasil

Mais de 10 milhões de brasileiros poderão ser beneficiados com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil, conforme anunciado nesta segunda-feira (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta, encaminhada ao Congresso Nacional, busca aliviar a carga tributária para as camadas de menor renda sem comprometer a arrecadação federal.

Mudanças na Tabela do Imposto de Renda

Caso aprovada, a nova tabela do Imposto de Renda entrará em vigor a partir de 2026. Além da isenção para quem recebe até R$ 5 mil, o projeto prevê descontos escalonados para contribuintes com renda mensal entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, conforme a tabela a seguir:

Renda MensalDesconto (%)Imposto Sem Desconto (R$)Imposto Final a Pagar (R$)
R$ 5.000100%R$ 312,89R$ 0
R$ 5.50075%R$ 436,79R$ 202,13
R$ 6.00050%R$ 574,29R$ 417,85
R$ 6.50025%R$ 711,79R$ 633,57
R$ 7.0000%R$ 849,29R$ 849,29

Para rendimentos acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva continuará sendo aplicada normalmente.

Atualmente, a isenção do Imposto de Renda vale apenas para quem ganha até R$ 2.259,20. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que essa será a maior reforma do IR em décadas, promovendo maior equidade na tributação. “O Brasil é uma das maiores economias do mundo, mas também está entre os países mais desiguais. Com essa mudança, buscamos corrigir essa distorção”, afirmou Haddad.

Tributação sobre Altas Rendas e Dividendos

Para equilibrar a arrecadação, o governo propõe novas taxações sobre as maiores rendas do país. As principais medidas incluem:

  • Imposto Mínimo para Altas Rendas: Apenas 141 mil contribuintes (0,13% do total de declarantes) serão afetados. Quem ganha mais de R$ 600 mil por ano (R$ 50 mil mensais) passará a pagar uma alíquota efetiva mínima de 9%. Para rendas acima de R$ 1,2 milhão ao ano, a alíquota será de 10%.
  • Tributação de Dividendos: Pela proposta, dividendos pagos a pessoas físicas serão tributados em 10%, desde que ultrapassem R$ 50 mil mensais. A remessa de dividendos ao exterior também será taxada em 10%, mas apenas para pessoas físicas ou empresas estrangeiras.

A medida busca corrigir uma distorção histórica do sistema tributário brasileiro, que isenta rendimentos de capital enquanto trabalhadores com carteira assinada chegam a pagar até 27,5% de Imposto de Renda.

Impacto Fiscal e Próximos Passos

O governo estima que a nova isenção resultará em uma renúncia fiscal de R$ 25,84 bilhões, que será compensada pela taxação sobre altas rendas e dividendos. O projeto agora segue para análise do Congresso Nacional, onde poderá passar por ajustes antes da aprovação final.

Se sancionada, a nova tabela entrará em vigor a partir de 2026, promovendo uma redistribuição mais justa da carga tributária e beneficiando milhões de brasileiros.

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