O grupo PHK, de Campinas, se prepara para mais um grande desafio. Após conquistar dois títulos nacionais consecutivos, em 2022 e 2023, a equipe foi classificada para o FIH2, maior festival de danças urbanas do Brasil, que neste ano abre espaço inédito para competidores do K-pop.
Com quase cinco anos de trajetória, o PHK está sob a direção de Raphael Ph, que viveu na Coreia do Sul nos anos de 2020 e 2023, período em que se destacou em aulas da prestigiada academia de dança 1 Million. O grupo figura entre os mais premiados do cenário nacional, subindo ao pódio em cerca de 90% das competições das quais participou.
O ano de 2022 foi especialmente marcante. Com a vitória no KPF (K-Pop Festival), o grupo chegou a concorrer à vaga de representante oficial do Brasil no campeonato mundial de K-pop, realizado na Coreia do Sul. Agora, diante do novo desafio, os integrantes voltam suas atenções para o inédito título no FIH2.
“Conquistar esse título seria algo histórico para o grupo e para todos os participantes. Estamos focados e empolgados com a oportunidade”, afirma Raphael.
A estreia do K-pop no FIH2 marca um avanço importante para o reconhecimento do gênero dentro das danças urbanas no Brasil. O estilo, que mistura música, performance e cultura, tornou-se um fenômeno global com raízes profundas na história contemporânea da Coreia do Sul.
O K-pop surgiu na década de 1990 como parte de um projeto do governo sul-coreano para alavancar a economia por meio da cultura. Esse movimento, conhecido como Hallyu (ou “Onda Coreana”), envolveu música, cinema, TV, moda e gastronomia, com forte impacto na exportação da identidade nacional.
O resultado do investimento foi expressivo. Séries coreanas ganharam destaque internacional, como os doramas financiados por grandes plataformas de streaming. O cinema sul-coreano alcançou reconhecimento global com filmes como Parasita, vencedor de quatro prêmios no Oscar 2020, incluindo o de melhor filme. No mercado da música, grupos como BTS quebraram recordes históricos e consolidaram o K-pop como um dos principais fenômenos da indústria fonográfica mundial.
Com essa influência, jovens artistas e dançarinos brasileiros passaram a incorporar o gênero como forma de expressão e reconhecimento. É o caso do PHK, que leva o nome de Campinas aos palcos nacionais com técnica, identidade e muita representatividade.
