O Tribunal do Júri de Hortolândia-SP condenou Cássio Martins Camilo a 32 anos, dez meses e dez dias de reclusão, em regime fechado, por estuprar, matar e esconder o corpo da própria enteada, de cinco anos, próximo da onde moravam, em dezembro de 2020.
Cássio foi condenado por estupro de vulnerável agravado, homicídio multiqualificado, com meio cruel para assegurar a ocultação do delito de estupro, e ocultação de cadáver. Ele também respondeu por um crime semelhante cometido em Monte Mor, próxima de Hortolândia-SP. A defesa do homem vai recorrer da decisão. O réu participou do julgamento de forma virtual, já que ele está preso desde o dia do crime, em Sorocaba.
Relembre o caso
A vítima desapareceu na manhã do dia 17 de dezembro, quando saiu para brincar na casa de uma vizinha. Quando a mãe da garota chegou para almoçar, questionou o companheiro sobre Maria, mas ele alegou que estava dormindo e não viu a criança sair.
Um boletim de ocorrência foi registrada e fotos da menina foram divulgadas nas redes sociais. Durante as buscas, foi descoberto que o homem tinha passagem por estupro, em Monte Mor. Ele chegou a prestar depoimento, mas foi liberado, após contar que não sabia sobre a localização de Maria Clara. Cássio Martins passou a se abrigar na casa de parentes antes de tentar fugir para Campinas.
Maria foi encontrada próximo à casa onde morava por familiares e amigos, um dia após o desaparecimento. A mãe retirou o corpo da filha da caixa de papelão e levou até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No entanto, a vítima já chegou sem vida.
Camilo foi preso horas depois e levado para a delegacia. Revoltados, amigos, familiares e populares precisaram ser contidos pela Polícia Militar.