Na última segunda-feira (29), o Tribunal do Júri da Capital de São Paulo condenou um homem a 20 anos e 10 meses de prisão. Ele foi responsabilizado por espancar e matar o próprio enteado, de apenas 12 anos de idade, em Monte Mor.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o crime ocorreu quando a criança estava sob os cuidados do agressor. O homem aplicou uma sessão de espancamento que deixou múltiplas lesões, inclusive nos órgãos genitais do menino. As agressões provocaram traumatismo abdominal e rompimento do fígado, levando o menino à morte por choque hemorrágico.
Condenado já havia agredido antes
Os autos da ação penal apontam que, em 27 de abril de 2024, no Jardim Campos Dourados, o réu ordenou que a vítima fizesse exercícios de agachamento como forma de punição. Por considerar que o adolescente não estava seguindo suas ordens de maneira adequada, o homem passou a agredi-lo nas pernas usando um pedaço de madeira, desferindo golpes também em outras partes do corpo.
O menino, que já havia sido vítima de outras agressões praticadas pelo condenado, só recebeu atendimento após sua mãe chegar à residência, mas não resistiu aos ferimentos. Laudo necroscópico atestou a existência de múltiplas lesões contundentes.
Júri reconheceu crueldade e agravantes
O júri entendeu que o crime foi cometido com crueldade extrema. Além disso, reconheceu o agravante de a vítima ter menos de 14 anos, o que aumenta a pena prevista por lei. O promotor de Justiça Danilo Roberto Mendes atuou na acusação e sustentou a condenação com base nos laudos e depoimentos técnicos.



