A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária do homem que confessou ter matado Sarah Picolotto dos Santos, de 20 anos, em Ubatuba, no litoral norte. A medida foi determinada após recurso do Ministério Público de São Paulo (MPSP), que havia contestado a decisão de primeira instância que concedeu liberdade ao investigado.
A promotora Heloíse Maia da Costa destacou no recurso que a prisão era necessária devido à gravidade do crime e ao risco que o acusado representava. Segundo ela, o homicídio foi cometido “de forma cruel e desprezível, ofendendo a vida e a dignidade humanas mediante enforcamento, com a vítima subjugada pelo efeito de álcool e drogas”. Além disso, o homem já possui passagens por crimes violentos.
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O desembargador Pinheiro Franco, relator do caso, acatou os argumentos do Ministério Público e determinou a prisão temporária, afirmando que “estão presentes todos os requisitos necessários para a medida”.
O caso Sarah
Sarah, moradora de Jundiaí, viajou no início de agosto para Ubatuba após conhecer o suspeito pela internet. Durante a estadia, ela passou alguns dias na casa do homem, mas entrou em conflito com ele e acabou desamparada. A jovem pediu ajuda a conhecidos na região, mas desapareceu pouco depois.
De acordo com as investigações, no dia 10 de agosto, Sarah conheceu o suspeito e outros rapazes em um baile funk. Após manter relações íntimas, ela foi levada para um imóvel em construção, onde acabou sendo asfixiada depois de dizer algo que teria desagradado o criminoso. O homem confessou o estrangulamento, se entregou à polícia e indicou o local onde o corpo havia sido abandonado, em uma área de mata no bairro Rio Escuro.
O corpo foi encontrado sem roupas e sem pertences pessoais, e a Polícia Civil também apura a possibilidade de violência sexual coletiva.
Liberdade inicial gerou revolta
Apesar da confissão, o homem foi liberado após audiência de custódia, decisão que causou indignação na família de Sarah. O acusado já tinha três processos anteriores: dois por furto e um por violência doméstica, registrado neste ano, com base na Lei Maria da Penha.
Reviravolta no processo
Com a nova decisão, o suspeito deve ser preso temporariamente, o que garante maior segurança para a continuidade das investigações. O Ministério Público ainda pode pedir a conversão da prisão em preventiva, para que o homem permaneça detido até o julgamento.
A Polícia Civil segue apurando os detalhes do crime e ouvindo testemunhas para esclarecer todas as circunstâncias da morte da jovem.







