Réu confesso do assassinato da jovem Sarah Picolotto dos Santos, de 20 anos, continua em liberdade após audiência de custódia em Ubatuba. O acusado já tinha três processos anteriores: dois por furto e um registrado em 2024 sob a Lei Maria da Penha. Para a advogada, de Jundiaí, esses antecedentes indicam que ele não deveria ter sido liberado, mesmo possuindo residência fixa.
“O juiz poderia ter aplicado medidas cautelares, como monitoramento eletrônico, para garantir segurança e efetividade da investigação. Soltar um acusado confesso de homicídio com antecedentes contra mulheres é uma decisão arriscada e desproporcional”, afirmou a especialista.
O caso de Sarah
Sarah viajou no início de agosto para Ubatuba, litoral norte de São Paulo, após conhecer o suspeito pela internet. Ela passou alguns dias na casa do rapaz e acabou entrando em conflito com ele após conhecer amigos dele. Desamparada, a jovem pediu ajuda a conhecidos na região, mas desapareceu poucos dias depois.
O corpo de Sarah foi encontrado em uma área de mata no bairro Rio Escuro, sem roupas e sem pertences pessoais. O suspeito confessou o estrangulamento, alegando que a jovem se recusou a manter relações sexuais. A investigação também apura possível violência sexual coletiva.
Mesmo com a confissão, o suspeito foi liberado, gerando revolta na família. O pai de Sarah falou sobre a dor de reconhecer a filha, e a mãe descreveu a perda com forte comoção. A Polícia Civil segue investigando o crime e o desfecho do caso depende do andamento judicial.







