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Macacos são aliados no alerta da presença do vírus da febre amarela

Crédito: Divulgação/FJPO

Os macacos não transmitem a febre amarela, embora eles também sejam vítimas dela . Eles funcionam como importantes sentinelas que alertam para presença do vírus circulando numa região. “O aparecimento de um animal doente serve de aviso para os órgãos de saúde e para as pessoas, portanto, não devemos agredir ou matar o primata”, esclarece o biólogo da Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO), que administra a ARIE Mata de Santa Genebra, Thomaz Henrique Barrela.

Thomaz reforça que, ao contrário do que alguns possam acreditar, os macacos não transmitem a febre amarela para os humanos e, portanto, não representam risco às pessoas. Eles podem ser considerados como guarda, sentinelas da ocorrência da doença porque atuam como guias para a elaboração de ações de prevenção.

A recomendação é que, ao avistar um animal com sintomas atípicos, como apatia e prostração, avisar o quanto antes a Unidade de Vigilância em Zoonoses, para que os profissionais investiguem a situação. Em caso de animal morto, nunca pegar ou manipular o bicho e acionar imediatamente o órgão, para que se faça o recolhimento e análise de maneira adequada.

Outra orientação do biólogo é que não se deve tocar ou enterrar o animal morto e evitar que outros bichos se aproximem dele. “O correto é acionar a Divisão de Vigilância em Zoonoses pelo telefone (19) 2515-7044 ”, afirma.

“Aqui na ARIE Mata de Santa Genebra estamos atentos aos nossos macacos e monitorando constantemente a saúde deles”, afirma Thomaz. Ele ressalta ainda que nenhum animal foi detectado com sinais de adoecimento, “mas nos mantemos vigilantes”, declara.

Segundo o biólogo, existem dois ciclos da doença, o urbano e o silvestre. “A diferença entre esses ciclos está no mosquito transmissor e no hospedeiro principal. Atualmente temos apenas o ciclo silvestre da doença, e os transmissores são, principalmente, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, e os principais hospedeiros são os macacos”, afirma.

O presidente da Fundação José Pedro de Oliveira, Rogério Menezes, salienta que o vírus da febre amarela não circulou entre os macacos da Mata de Santa Genebra e que a população está saudável sob os cuidados e monitoramento permanente dos técnicos da FJPO. Menezes afirma que a reserva é hoje um verdadeiro santuário para, ao menos, três espécies de primatas. “Como exemplo da importância ecológica da Mata, o número de bugios presentes na nossa reserva supera 50 indivíduos, maior número do que toda a população de bugios existentes na Argentina, conforme informação da cientista argentina que esteve recentemente na Mata”,firma.

A doença

A forma da doença que ocorre no Brasil é a febre amarela silvestre, transmitida pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes, em regiões fora dos centros urbanos. É uma doença grave, que se caracteriza por febre repentina, calafrios, dor de cabeça, náuseas e leva a sangramentos no fígado, no cérebro e nos rins, podendo, em muitos casos, causar a morte.

Todos que vivem em áreas rurais ou próximas a áreas silvestres, assim como aqueles que pretendem visitar ou frequentar essas áreas devem se vacinar contra febre amarela.

Vacina

A Secretaria de Saúde de Campinas vacinou 7.026 pessoas contra a febre amarela com uso da estratégia de imunização de casa em casa. As doses foram aplicadas pelas equipes em áreas rurais e outros pontos estratégicos entre 5 de fevereiro e sábado, 22 de março.

Desde o início da mobilização foram abordadas 19.375 pessoas em 8.775 imóveis. Quase todas estavam vacinadas contra a doença, mas algumas se recusaram a receber a dose

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