Moradores bairro Capela, em Vinhedo, colocam fogo em pneus para protestar contra a morte de Gustavo Henrique Cardoso, 7 anos, que foi encontrado morto na manhã de ontem, 06. A suspeita da polícia é que ele tenha sido agredido pelo pai e pela madrasta, os dois estão presos preventivamente e são investigados pelos crimes de homicídio e tortura.
A manifestação teve início por volta das 17h. Moradores usaram balões brancos, cartazes e clamaram por justiça. No início da noite os protestantes fecharam a rua colocando fogo em pneus.
O caso:
Na manhã de hoje, 07, a justiça manteve a prisão do pai e da madrasta, que foi convertida em preventiva. Os dois devem ser indiciados por homicídio e tortura, segundo a Polícia Civil, a perícia indicou que a causa da morte foi espancamento. A criança também tinha marcas antigas de agressões.
O pai e a madrasta foram presos na Rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-332) após saírem de moto da casa onde o menino foi encontrado morto. Segundo o secretário de segurança de Vinhedo, Osmir Cruz, a muralha digital desempenhou um papel essencial na localização do casal.
Durante o enterro da criança, na manhã desta terça-feira, familiares disseram que já haviam feito denúncias ao Conselho Tutelar. No entanto, o órgão apontou que recebeu apenas “uma única denúncia formal, submetida de forma anônima, que demandava nossa atenção imediata. Diante disso, tomamos as medidas necessárias, incluindo a notificação da família para prestar esclarecimentos, tendo o pai e a madrasta comparecido e sido ouvidos.”
Nós procuramos o Conselho para esclarecer o caso e fomos informados que “foram adotadas as medidas cabíveis, incluindo encaminhamento da família para atendimento em saúde mental, escuta especializada da criança e direcionamento aos serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, conforme disposto na Lei n° 13.257 de 2016.”
O Conselho também apontou que procurou a escola onde Gustavo estudava e não foram apontados “É relevante destacar que, ao solicitarmos um relatório à escola onde a criança estava matriculada, não foram encontrados “indícios de maus-tratos ou negligência”.
Além disso, o órgão disse que fez o monitoramento do caso e realizou notificações ao pai sobre não ter aderido aos serviços oferecidos. O Conselho também disse que “Foram feitas advertências verbais e novos agendamentos foram propostos, levando em conta as justificativas apresentadas pelo genitor, que mencionou a enfermidade e a gestação de risco da companheira.” Também reiterou que “não houve tempo hábil para intervenções mais incisivas”
*Supervisão Marcela Gomes