Manifestantes colocam fogo em avenida e pedem justiça por Gustavo Henrique

Isabela Reis (sob supervisão)
Isabela Reis (sob supervisão)
21 anos, estudante de Jornalismo na Puc Campinas

Moradores bairro Capela, em Vinhedo, colocam fogo em pneus para protestar contra a morte de Gustavo Henrique Cardoso, 7 anos, que foi encontrado morto na manhã de ontem, 06. A suspeita da polícia é que ele tenha sido agredido pelo pai e pela madrasta, os dois estão presos preventivamente e são investigados pelos crimes de homicídio e tortura.

A manifestação teve início por volta das 17h. Moradores usaram balões brancos, cartazes e clamaram por justiça. No início da noite os protestantes fecharam a rua colocando fogo em pneus.

O caso:

Na manhã de hoje, 07, a justiça manteve a prisão do pai e da madrasta, que foi convertida em preventiva. Os dois devem ser indiciados por homicídio e tortura, segundo a Polícia Civil, a perícia indicou que a causa da morte foi espancamento. A criança também tinha marcas antigas de agressões.

O pai e a madrasta foram presos na Rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-332) após saírem de moto da casa onde o menino foi encontrado morto. Segundo o secretário de segurança de Vinhedo, Osmir Cruz, a muralha digital desempenhou um papel essencial na localização do casal.

Durante o enterro da criança, na manhã desta terça-feira, familiares disseram que já haviam feito denúncias ao Conselho Tutelar. No entanto, o órgão apontou que recebeu apenas “uma única denúncia formal, submetida de forma anônima, que demandava nossa atenção imediata. Diante disso, tomamos as medidas necessárias, incluindo a notificação da família para prestar esclarecimentos, tendo o pai e a madrasta comparecido e sido ouvidos.”

Nós procuramos o Conselho para esclarecer o caso e fomos informados que “foram adotadas as medidas cabíveis, incluindo encaminhamento da família para atendimento em saúde mental, escuta especializada da criança e direcionamento aos serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, conforme disposto na Lei n° 13.257 de 2016.”

O Conselho também apontou que procurou a escola onde Gustavo estudava e não foram apontados “É relevante destacar que, ao solicitarmos um relatório à escola onde a criança estava matriculada, não foram encontrados “indícios de maus-tratos ou negligência”.

Além disso, o órgão disse que fez o monitoramento do caso e realizou notificações ao pai sobre não ter aderido aos serviços oferecidos. O Conselho também disse que “Foram feitas advertências verbais e novos agendamentos foram propostos, levando em conta as justificativas apresentadas pelo genitor, que mencionou a enfermidade e a gestação de risco da companheira.” Também reiterou que “não houve tempo hábil para intervenções mais incisivas”

*Supervisão Marcela Gomes

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