Morte na porta da UBS do São Jorge gera revolta em Hortolândia

Na manhã desta segunda-feira (09/12), um homem faleceu após sofrer um mal súbito em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do São Jorge, em Hortolândia. O incidente ocorreu por volta das 7 horas, momentos após o homem deixar a unidade, onde havia ido renovar a receita de sua esposa.

Segundo testemunhas, ele caminhou cerca de 80 metros da UBS e caiu na faixa de pedestres. A espera por atendimento foi marcada por desespero; moradores relataram que o homem permaneceu no chão por aproximadamente 20 minutos antes da chegada de socorro. Durante esse período, pessoas que estavam nas proximidades tentaram buscar ajuda na própria UBS, mas enfrentaram dificuldades para obter atendimento.

Um Guarda Municipal que passava pelo local iniciou manobras de reanimação até que a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou, aproximadamente 20 minutos após a queda. O paciente foi reanimado e transferido com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Hortolândia, onde, infelizmente, o óbito foi confirmado por volta das 9h30.

A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde, informou que, embora o homem tenha deixado a UBS sem apresentar problemas de saúde, a equipe médica foi acionada após a ocorrência do mal súbito. A nota oficial destacou que a médica e a enfermeira da UBS também realizaram manobras de reanimação no local.

Moradores expressaram revolta com a situação. Linete Guedes, uma residente local, comentou: “É muito triste saber isso daí, bem na porta de uma UBS, a pessoa perder a vida. Espero que tomem mais providências e vejam se mudam isso daí. As pessoas precisam de atendimento e não são atendidas.”

Testemunhas afirmaram que a demora no atendimento inicial foi inaceitável, gerando questionamentos sobre a eficiência dos serviços de saúde na região. Raul de Oliveira, um pizzaiolo que estava no local, disse: “A prefeitura, o governo, tinham que dar mais atenção para a população. Porque a gente vai no hospital, está sempre cheio, e acaba nisso: as pessoas esperando, acaba numa fatalidade dessas.”

Embora a Prefeitura defenda que o socorro foi prestado de acordo com os protocolos, os moradores continuam a clamar por melhorias no atendimento à saúde, ressaltando a necessidade de maior agilidade e eficiência nos serviços.

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