Paciente com linfoma faz vaquinha on-line para pagar transplante de medula

Jéssica Fagnano
Jéssica Fagnano
Jornalista, 32 anos.
Imagem: arquivo pessoal

Um professor de 30 anos, portador de um câncer agressivo, faz vaquinha na internet para pagar um transplante de medula óssea.

Igor Lopes Pereira é morador de Campinas e foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin no estágio 4, em agosto do ano passado, quando vivia em Dublin, na Irlanda.

Quando descobriu a doença, Igor ainda passou por quatro tratamentos na Irlanda. Na primeira fase, foram 6 sessões de quimioterapia que a príncipio foram bem sucedidas. Mas o jovem descobriu que ainda estava com células ativas do linfoma. Ele chegou a ouvir dos médicos que a cura não seria possível, por isso, voltou para a cidade natal, no Brasil, onde ao lado da família, continua na luta contra o câncer.

O campineiro não conseguiu tratamento pelo SUS e passou por consultas particulares. Até agora, ele já gastou mais de R$ 60 mil com o tratamento. Com as últimas sessões de quimio, ele teve uma redução de 70% nos tumores e já estaria apto a receber o transplante de medula óssea. O que impede é a falta de verba para custear a cirurgia.

Igor espera arrecadar R$ 180 mil. Até agora, a vaquinha soma R$ 19.800,12. Quem tiver interesse em ajudar o Igor é so entrar em contato pelo (11) 970309927 ou acessar o perfil nas redes sociais @igor.irgu, onde está disponível o link da vaquinha.

Sobre o linfoma não-Hodgkin

O linfoma é um câncer do sangue, assim como a leucemia. Mas diferente da leucemia, o linfoma surge no sistema linfático, uma rede de pequenos vasos e gânglios linfáticos, que é parte tanto do sistema circulatório, como do sistema imune. Há dois tipos de linfomas: linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. O linfoma não-Hodgkin é um pouco mais frequente em homens do que em mulheres e podem surgir em diferentes partes do corpo e representam 80% dos casos de linfoma. Nos últimos 25 anos, o número de novos casos duplicou, em especial em pessoas acima dos 60 anos de idade, mas ainda não se sabe os reais motivos para o surgimento deste tipo de câncer.

Os linfomas podem ser divididos em dois grupos:

Indolentes: Se desenvolvem ao longo dos anos, têm crescimento lento e, em alguns casos, é possível esperar e acompanhar a doença, sem dar início ao tratamento.

Agressivos: Seu crescimento é acelerado e podem dobrar de tamanho em semanas. Por este motivo, exige tratamento imediato.

Sintomas

Os sintomas dos linfomas não-Hodgkin variam de pessoa para pessoa e incluem:

  • Inchaço indolor dos gânglios linfáticos da virilha, axilas e pescoço
  • Suores noturnos intensos, com ou sem febre
  • Febre
  • Erupção cutânea avermelhada, disseminada pelo corpo
  • Náusea, vômitos ou dor abdominal
  • Perda de peso inexplicável
  • Cansaço
  • Coceira
  • Tosse ou dificuldade para respirar
  • Dor de cabeça e dificuldade de concentração

As formas mais agressivas dos linfomas não Hodgkin podem ter estes e outros sintomas, que incluem:

  • Dor no pescoço, nos braços ou no abdome
  • Dificuldade para respirar
  • Fraqueza nos braços e/ou nas pernas
  • Confusão mental

Com informações: https://accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/linfoma-nao-hodgkin

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