Um homem matou o padrasto a facadas durante a comemoração de Natal e feriu outras quatro pessoas na madrugada desta quarta-feira (25), em Jaguariúna. O crime ocorreu após o autor não aceitar o relacionamento da mãe com a vítima, identificada como Leandro.
De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito chegou à residência do padrasto e teve a entrada autorizada pela mãe. Durante a ceia, por volta da meia-noite, a mulher desejou Feliz Natal ao companheiro, que lhe deu um beijo. Neste momento, o enteado sacou uma faca que estava escondida e desferiu diversos golpes contra Leandro, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
A mãe do autor tentou intervir, mas acabou sendo ferida com golpes de faca, apresentando lesões de defesa nas mãos. Além dela, outras três pessoas também ficaram feridas durante o ataque e foram socorridas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde permaneceram em observação.

A Guarda Civil Municipal foi acionada para atender inicialmente uma ocorrência de desavença familiar. Após a confirmação do homicídio, a Polícia Civil e a Polícia Científica foram chamadas. O investigador Rodrigo Raposo compareceu ao local, e a perícia foi realizada pelo perito Gustavo Brida, com apoio do fotógrafo técnico Nilton.
Durante diligências, equipes policiais receberam a informação de que o autor estaria sendo agredido por populares. Ele foi localizado sendo linchado, socorrido e encaminhado à UPA, onde recebeu atendimento médico.
Em depoimento, a mãe do indiciado confirmou que o filho não aceitava seu relacionamento com Leandro e relatou toda a dinâmica do crime. A filha da vítima, uma adolescente de 16 anos com transtorno do espectro autista (nível de suporte II), presenciou o homicídio. O Conselho Tutelar foi acionado e a adolescente encaminhada para um lar temporário até que familiares fossem localizados.
Uma testemunha, vizinha da residência, relatou ter ouvido gritos e, ao verificar o ocorrido, encontrou Leandro caído no chão, já sem vida.
O autor foi apresentado à autoridade policial, mas não apresentou condições de ser interrogado devido ao estado de saúde e possível efeito de medicamentos administrados após o socorro. O interrogatório foi interrompido e o caso segue sob investigação da Polícia Civil.







