A Polícia Civil indicou a biomédica e esteticista por homicídio doloso com dolo eventual e omissão de socorro, durante a investigação do crime. O laudo ainda concluiu que a demora em oferecer oxigênio foi decisiva para levar ao óbito.
De acordo com o laudo, foi descartada a morte por alguma doença. “A demora na oferta de oxigênio e suporte clínico adequado foi decisiva para o desfecho fatal”, segundo o delegado responsável.
Ainda segundo o delegado, a biomédica foi intimada, mas não deve comparecer para o indiciamento. Já a esteticista, o advogado ainda não se manifestou.
Sobre o caso:
A fotógrafa Roberta Correa, 44 anos, morreu no dia 13 de outubro, após ficar cinco dias internada. A causa da morte pode ter sido uma reação à aplicação dos medicamentos para a realização do procedimento endolaser, que faria a remoção de gordura localizada. Ela sentiu dores, queimação e calafrio durante o procedimento. Logo após a aplicação da anestesia ela começou a ter convulsões, quando foi acionado o SAMU.
O procedimento foi realizado no dia 09 de outubro. Ao fotógrafa foi socorrida à Santa Casa da cidade e chegou a unidade de saúde com parada cardíaca, mas foi reanimada. Permaneceu internada até sexta-feira, 13, quando foi constatada morte cerebral. O velório foi na segunda-feira, 16. Roberta era casada e deixou dois filhos, de 17 e 23 anos.
A biomédica responsável pelo endolaser, segundo o advogado João Paulo Sangion, já teria feito mais de 40 procedimentos igual a este, e ainda estaria regularizada no Conselho Regional de Biomedicina.
Segundo posicionamento da Prefeitura de Cosmópolis, foi informado que a clínica não tinha liberação sanitária e não tinha autorização para a realização dos procedimentos estéticos que eram realizados. O estabelecimento está interditado e não há previsão para liberação. O local permanece fechado até que as causas sejam apuradas.
*Supervisão Vinícius Dias