A Polícia Civil de Campinas afirmou, nesta sexta-feira, 7, que prendeu dois homens envolvidos no sequestro do residente de medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudante ficou sob poder dos criminosos por 17 horas em um cativeiro entre a última quarta e quinta-feira.
De acordo com o delegado Antônio Dota, logo que o jovem foi liberado pelos suspeitos na região de Monte Mor, ele pediu ajuda para a Guarda Municipal. Logo, agentes policiais tiveram acesso à informações privilegiadas pela Delegacia de Investigações Gerais e identificaram o suspeito que recebeu milhares de reais transferidos pela vítima.
Concomitantemente, eles localizaram um veículo que estava na cena do crime e, dentro, estava um casal. Durante a abordagem, foi encontrado uma certa quantia em dinheiro com o homem, que não soube responder a origem do ganho. Ele foi encaminhado à delegacia e reconhecido pela vítima.
Na sequência, a Polícia Militar localizou o carro do próprio estudante pelo sistema de câmeras de segurança da Guarda Municipal. Dentro do automóvel, estavam o alvo da investigação e outro homem. Eles também foram abordados, levados à delegacia e reconhecidos pela vítima. O terceiro indivíduo foi liberado perante a falta de evidências que o liguem ao crime.
Ainda segundo o delegado, apesar das prisões, as investigações continuarão. O objetivo é encontrar outras pessoas que participaram do sequestro e outros possíveis crimes cometidos por eles.
O caso
Na noite da última quarta-feira, um estudante de medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi abordado por dois suspeitos dentro do próprio condomínio. Os indivíduos o obrigaram a entrar no próprio carro e o tiraram do local.
Registros de uma câmera de segurança mostram que os indivíduos já haviam passado por ali e estavam observando a vítima.
O estudante ficou sob poder dos suspeitos por 17 horas. Nesse tempo, eles fizeram saques de dinheiro em bancos e o trancaram em um cativeiro. Ele foi liberado na região de Monte Mor e logo procurou a Guarda Municipal, que relatou que o jovem não apresentava lesões, mas estava extremamente assustado.
“Esses indivíduos não têm um preparo. Então eles usam de extrema violência, constrangem a vítima, criam um temor. O interesse é obter a vantagem indevida o mais rápido possível. Por isso, eles são extremamente violentos“, relatou o delegado Antônio Dota.