Moradores do condomínio Jatobá, na Vila Queiroz em Limeira estão preocupados com a situação de abandono do antigo Limeira Clube, que fica ao lado do empreendimento. O local está fechado desde fevereiro de 2021 e a situação acende um alerta para possíveis focos de dengue.
Imagens feitas por um drone mostram a situação da piscina do antigo clube e estado de abandono. Segundo a síndica do condomínio, Neusa Lima, a preocupação é grande, principalmente devido ao cenário epidemiológico da cidade.
Desde o início do ano, foram notificados 2.007 casos de dengue em Limeira. Desse total, houve 481 confirmações, 529 casos descartados e 997 que seguem em aberto. Há, ainda, 1 óbito confirmado. Já o índice de positividade é de 47,6%. Até o momento, foram identificados os vírus da doença dos tipos 1 e 2.
Por meio de gráficos, ela também fez o comparativo de 2024 com 2015 – quando o município viveu a maior epidemia de dengue da história, que ocasionou 20 mortes. Nos dois primeiros meses de 2024, há 1.866 notificações, contra 9.991 notificações no mesmo período de 2015.
A Secretaria de Saúde de Limeira registrou uma morte confirmada em decorrência da dengue. Trata-se de uma mulher, de 83 anos, que tinha comorbidades. O caso foi comunicado na última segunda-feira, 4, durante reunião técnica com o secretário de Saúde, Vitor Santos, diretores da pasta, e médicos dos hospitais de Limeira. Há, ainda, uma morte suspeita por dengue, de um homem de 36 anos, que tinha comorbidades. Outro óbito, de um homem de 50 anos, foi descartado para a doença.
Em nota, a Prefeitura de Limeira, por meio da Divisão de Vigilância em Zoonoses, informa que realizou uma visita ao local no final de fevereiro deste ano, com a presença de um responsável pelo imóvel. Na ocasião, ele foi orientado sobre as medidas que devem ser tomadas no local. Nesse dia, a Divisão de Zoonoses também realizou o controle mecânico de possíveis criadouros do Aedes aegypti, bem como aplicou larvicidas nas piscinas do local.
A limpeza do imóvel cabe ao proprietário, que foi advertido pela Divisão de Fiscalização de Posturas na mesma ocasião para realizar a manutenção. Ele tem um prazo de 30 dias, a partir do recebimento da advertência. O não cumprimento acarretará em multa. A Divisão de Zoonoses ressalta que o local recebe visitas periódicas para manutenção do controle do mosquito Aedes aegypti.
O jornalismo da Thathi Record tentou contato com a antiga diretoria do Clube, mas não teve retorno.
