O Centro de Resiliência a Desastres de Campinas (CRDC) realizou uma capacitação para profissionais da Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social que compõem as equipes de plantonistas das Operações Estiagem e Verão. O encontro teve como foco a queda do avião no município de Vinhedo, em 9 de agosto, e abordou a importância do plantão assistencial que pode ser acionado a qualquer momento. Também houve abordagem de como funcionam as salas de crise e como é importante o acolhimento das famílias em casos de desastres.
O coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, contou que a capacitação estava agendada, mas colocaram como foco principal o acidente com o avião em Vinhedo pela proximidade com Campinas, pela dimensão e complexidade da ocorrência.
“Nós abordamos a importância do plantão da Assistência Social e usamos como exemplo a definição de procedimentos e a estrutura que foi montada no acidente de avião em Vinhedo. É muito oportuno para os plantonistas de Campinas que compõem a Operação Estiagem e Verão conhecer a estrutura de resposta utilizada em Vinhedo. Além disso, pela proximidade dos municípios, poderiam ser acionados, por isso a importância das equipes estarem sempre prontas para atender a comunidade”, colocou.
Para a secretária de Desenvolvimento e Assistência Social, Vandecleya Moro, a capacitação realizada nesta segunda-feira convida a uma reflexão essencial sobre o papel do poder público em tragédias como o acidente aéreo em Vinhedo. “Ao preparar nossas equipes para esses cenários, não estamos apenas transmitindo conhecimentos técnicos; estamos cultivando a solidariedade e a prontidão necessárias para estar ao lado das famílias no momento em que mais precisam. Cada ação tomada, cada gesto de apoio, reforça nossa missão de proteger e cuidar, tanto fisicamente quanto emocionalmente, das pessoas impactadas por esses desastres”, comentou.
De acordo com Furtado, uma das missões do Centro de Resiliência é auxiliar outros municípios num momento de desastre e promover a visão sistêmica da ocorrência. “Numa situação de emergência é preciso ter uma visão do todo (visão sistêmica) para que todas as áreas e órgãos envolvidos na situação utilizem a mesma linguagem. Dessa forma fica mais fácil alcançar a efetividade numa ocorrência, seja um acidente ou um desastre natural”, detalhou.
A diretora do Departamento de Proteção Social Especial do Sistema Único de Assistência Social (DPSE), Maria Aparecida Giani Oliva Modenesi Barbosa, explicou que a capacitação para os servidores da Pasta é realizada anualmente com os plantonistas que ficam à disposição da Prefeitura para atender situações de calamidade.
“Na primeira parte da reunião, a equipe pode visualizar o mapa que apresenta as áreas de risco da cidade para alinhar os fluxos dos atendimentos e outras questões que envolvem essas ocorrências. Na segunda etapa do encontro, o foco foi o acidente aéreo que ocorreu em Vinhedo. A Defesa Civil apontou os procedimentos e as ações que seriam desempenhados pelas nossas equipes se a ocorrência fosse em Campinas. Foi uma apresentação bastante provocativa, no sentido de olhar o todo e pensar como nos organizar”, disse a diretora.
Centro de Resiliência
O Centro de Resiliência integra o Departamento de Proteção e Defesa Civil que realiza, em conjunto com outros Departamentos e Secretarias Municipais, todas as etapas essenciais da gestão de risco e gerenciamento de desastres como prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação.
O CRDC abrange a iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) Construindo Cidades Resilientes 2030 e deve demonstrar liderança na inclusão de políticas de redução de riscos e desastres, desenvolver soluções locais para melhorar sua capacidade de resistir e se recuperar dessas situações e compartilhar o aprendizado com outros municípios.