A polícia militar foi acionada até o local dos fatos para atender uma ocorrência de auxílio a gestante. Na Rua Ferdinando Panatoni, no Jardim Paulicéia em Campinas, o Corpo de Bombeiros já prestava atendimento à adolescente de 17 anos.
Uma testemunha relatou aos policiais que coletava materiais recicláveis no local no momento em que encontrou o bebê dentro de um saco de lixo. Tratava-se de um bebê do sexo feminino, com cabelos, unhas, cordão umbilical cortado e com tamanho de cerca de 40 a 45 centímetros.
A mãe da adolescente, informou aos policiais que sua filha já estava em casa quando chegou do trabalho e que a adolescente se queixou de muita cólica e muita dor. A jovem teria chamado a mãe ao banheiro e lhe contado que havia sido estuprada e achava ter ficado grávida em decorrência do estupro, mas que não falou nada com ela pois não queria preocupá-la.
Segundo relato da mulher à PM, a adolescente teria ficado sozinha por cerca de 5 ou 10 minutos no banheiro, quando a chamou novamente. Ao entrar no cômodo a mulher viu que havia um bebê dentro do vaso, aparentando já estar morto. Ela relatou que entrou em desespero, pegou o bebê e colocou dentro de três sacos e entregou para a outra filha de 9 anos levar o saco e colocar na lixeira do condomínio.
Questionada, a mulher disse que não sabia que sua filha estava grávida. A adolescente foi socorrida ao hospital Maternidade de Campinas, onde permaneceu internada, sem previsão de alta médica. A Perícia técnica compareceu ao local.
O caso foi apresentando na 2ª Delegacia Seccional de Campinas e o delegado de plantão deliberou pela prisão da avó e a apreensão da adolescente infratora, pelos crimes de infanticídio; corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos e destruição, subtração ou ocultação de cadáver.