Reforço contra a pólio com dose injetável começa hoje; saiba como vai funcionar

Marcela Gomes
Marcela Gomes
Chefe de redação na Thathi Record Campinas. Especialização em Mídia e Tecnologia e pós graduação em Semiótica.
Vacinação contra pólio está longe de atinger a meta
Foto: Rogério Capela | prefeitura de Campinas

Começa nesta segunda-feira, 4, a aplicação da vacina injetável contra a poliomielite no novo esquema de reforço contra a doença: dose única para crianças aos 15 meses. O imunizante é o mesmo que já era usado durante o esquema primário e está disponível nos 68 centros de saúde de Campinas.

A secretaria de saúde segue orientação determinada pelo Ministério da Saúde, a partir de critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacinação e recomendações internacionais.

O que mudou?

A aplicação da vacina oral, conhecida como gotinha, foi realizada pela última vez em 27 de setembro nas unidades básicas. Até aquele momento, o reforço contra pólio era realizado com a aplicação de duas doses deste tipo: para crianças aos 15 meses e aos 4 anos.

A partir desta segunda, a etapa é feita com dose única, injetável, para crianças com 15 meses.

O período de 28 de setembro a 3 de novembro foi usado pelos municípios brasileiros para recolhimento de doses e transição segura. O esquema primário foi mantido neste intervalo.

Qual o esquema?

Primário

Aos 2 meses: 1ª dose
Aos 4 meses: 2ª dose
Aos 6 meses: 3ª dose

Reforço
Aos 15 meses: uma dose

“O reforço contra pólio será retomado em 4 de novembro, portanto, é muito importante que os pais e responsáveis levem aos centros de saúde as crianças que estejam com 15 meses ou mais e ainda não tenham completado esta etapa de imunização. A vacina é eficaz e extremamente importante para evitar a reintrodução da pólio no Brasil”, explicou a coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli.

Polio no Brasil:

A pólio é uma doença considerada grave e caracteriza-se pela paralisia que, em geral, acomete os membros inferiores, de forma assimétrica e irreversível. O último caso no Brasil ocorreu em 1989, sendo que em 1994 houve certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem.

Contudo, em 2023 o País foi classificado como de alto risco para a reintrodução do poliovírus pela Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas. Isso, portanto, inclui principalmente as cidades mais populosas.

Cobertura da pólio em Campinas (meta de 95%)

2019: 90,2%
2020: 89,9%
2021: 84,8%
2022: 89,6%
2023: 95,1%

A dose de referência para cobertura é a terceira do esquema primário.

Serviço:
A Secretaria de Saúde ressalta a importância dos pais ou responsáveis manterem as cadernetas de vacinação das crianças atualizadas.

As salas onde os imunizantes são aplicados funcionam conforme horário de cada CS. Não é preciso realizar agendamento, basta levar documento de identidade com foto e caderneta (se tiver). Detalhes sobre cada unidade básica, incluindo endereços e contatos, estão em: https://vacina.campinas.sp.gov.br.

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