A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou na tarde de terça-feira, 6 , mais seis mortes por dengue na cidade. Com isso, o total chega a 54 neste ano.
Os novos registros de mortes ocorreram em maio. A Pasta lamenta e se solidariza com as famílias. O desfecho óbito depende de fatores como procura precoce por atendimento, manejo clínico adequado e fatores individuais do paciente, como possíveis doenças preexistentes. Não há relação direta com a oscilação de casos, embora o Município registre, desde a primeira quinzena de maio, redução da transmissão da doença principalmente em virtude da diminuição das temperaturas.
Assim como em todas as situações de casos registrados, medidas preconizadas foram desencadeadas nas regiões onde residiam as pessoas que morreram: controle de criadouros, busca ativa de pessoas sintomáticas e nebulização para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. A Secretaria de Saúde confirmou 117.383 casos de dengue no período entre 1º de janeiro e segunda-feira, 5 de agosto.
Perfil dos óbitos
Os novos óbitos ocorreram entre 15 e 29 de maio:
Sexo masculino, 60 anos, com comorbidades. Atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Boa Vista. Ele teve início dos sintomas em 25 de maio e o óbito ocorreu no dia 29 do mesmo mês.
Sexo feminino, 69 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Itajaí. Ela teve início dos sintomas em 20 de maio e o óbito ocorreu no dia 28 do mesmo mês.
Sexo feminino, 77 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Esmeraldina. Ela teve início dos sintomas em 26 de maio e o óbito ocorreu no dia 27 do mesmo mês.
Sexo feminino, 85 anos, com comorbidades. Atendida na rede privada e moradora da área de abrangência do CS Santa Odila. Ela teve início dos sintomas em 14 de maio e o óbito ocorreu no dia 23 do mesmo mês.
Sexo feminino, 88 anos, com comorbidades. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Capivari. Ela teve início dos sintomas em 23 de abril e o óbito ocorreu em 15 de maio.
Sexo feminino, 85 anos, com comorbidades. Atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do CS Santa Lúcia. Ela teve início dos sintomas em 23 de abril e o óbito ocorreu em 20 de maio.
Situação atual
A Secretaria de Saúde reitera o alerta feito desde 2023 com objetivo de sensibilizar a população para tentar reduzir casos e óbitos: a melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados vasos sanitários inutilizados. Os cuidados devem ser mantidos no inverno.
“Os ovos dos mosquitos podem resistir por meses no ambiente, reforçando a importância do descarte adequado de todo material em desuso que possa conter ovos e acumular água. Separe dez minutinhos por semana, isso faz toda a diferença”, ressaltou o coordenador do Programa de Arboviroses de Campinas, Fausto de Almeida Marinho Neto.
O Município declarou fim do estado de emergência para dengue em 14 de junho, mas permanece em epidemia. Com isso, as medidas de prevenção e combate à dengue devem ser contínuas e realizadas o ano todo pela população, inclusive durante o inverno.
O pico de transmissão da dengue neste ano ocorreu no período entre 7 e 13 de abril.