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Seis pessoas são resgatadas de trabalho escravo em uma empresa de reciclagem em Piracicaba

Gabriela Lamas (sob supervisão)
Gabriela Lamas (sob supervisão)
Estudante de jornalismo na Universidade PUC-Campinas.
Imagem: Divulgação/MPT

Seis trabalhadores em situação de trabalho análoga a escravidão foram resgatados durante uma operação do Ministério Público do Trabalho, em Piracicaba. Eles trabalhavam em uma empresa de sucata e reciclagem, na periferia da cidade.

A ação foi realizada na semana passada mas só foi divulgada nessa quinta-feira, 23. Além do MPT, a operação teve apoio do Ministério do Trabalho e Emprego, Defensoria Pública e Polícia Rodoviária Federal.

Imagem: Divulgação/MPT

O grupo não tinha registro formal de emprego, não tinham recebido equipamentos de proteção individual e eram submetidos a condições degradantes no alojamento.

Os barracos onde eles dormiam eram improvisadas, construídos de compensado, e ficava bem ao lado do armazenamento de materiais recicláveis. Dentro dos casebres, o chão é de terra batida e mal havia móveis. Ainda segundo o MPT, os quartos estavam imundos, cheios de garrafas de bebidas alcoólicas espalhadas. Também não havia portas, janela ou armários, então todos os pertences dos trabalhadores ficavam no chão ou nas camas.

Imagem: Divulgação/MPT

Segundo os agentes, no local o cheiro forte misturava urina ou suor. Roupas de cama estavam sujas e com cheiro ruim, além de restos de comida espalhados pelo quarto.

O banheiro, também era improvisado e não foi encontrado papel higiênico. O vaso estava entupido e com a descarga quebrada. Produtos de higiene pessoal não foram localizados, as toalhas de mão eram papeis descartáveis. O chuveiro não tinha aterramento e um vazamento de água era constante, além da fiação elétrica ser precária, o que indica riscos de incêndio.

Imagem: Divulgação/MPT

Os homens foram resgatados pelos auditores fiscais. O empregador se comprometeu a registrar a carteira de trabalho, pagando todas as verbas e a desativar o alojamento imediatamente.

Os trabalhadores poderão ser recontratados, desde que aja interesse deles e do empregador, mas dentro dos parâmetros legais estabelecidos pela CLT e pelas normas regulamentadoras trabalhistas, a partir das obrigações assumidas em um Termo de Ajustamento de Conduta.

*Supervisão Marcela Gomes

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