A Unicamp anunciou nesta sexta-feira, 05, que irá abrir os restaurantes universitários aos finais de semana. A medida começa a funcionar já nesse sábado, 06, e abrange os campus da universidade em Campinas, Paulínia e Limeira. No campus de Piracicaba, os restaurantes vão começar no próximo dia 13.
A estimativa, nesta primeira etapa do programa, é oferecer aproximadamente 2,6 mil refeições por final de semana entre café da manhã, almoço e jantar (neste caso, aos sábados). Para que a medida pudesse ser implementada, foi necessário promover uma renegociação do contrato de prestação de serviço, adequar as equipes de nutrição e fiscalização e, no caso de Campinas, até o sistema de transportes.
Meirelles explica que a medida decorre de uma negociação iniciada no ano passado, a partir de uma demanda do movimento estudantil. “Este foi um dos tópicos apontados como prioritários pelos estudantes e nós consideramos que se tratava de uma reivindicação correta”, afirma. O reitor lembrou que a Unicamp conta com um contingente grande de estudantes de fora de Campinas. “A Unicamp tem um comprometimento com a inclusão. Portanto, ter esse serviço aos finais de semana é muito positivo para as metas que a Universidade estabeleceu e também vem ao encontro de uma reivindicação antiga dos estudantes, que se mobilizaram para isso”, completou o reitor.
O professor do Departamento de Sociologia e assessor docente da Pró-Reitoria de Graduação (PGR) da Unicamp Sávio Cavalcante disse ser importante reconhecer que o processo “foi fruto de um diálogo produtivo estabelecido entre administração da Universidade e estudantes desde o fim da greve discente no ano passado”. O professor avalia que a ampliação do serviço de alimentação aos finais de semana seja “uma medida fundamental para a melhoria das políticas de permanência da universidade”.
Para o estudante de Ciências Sociais do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp Helyson Inácio da Silva, que integra o grupo “Bandejão da Moras” – que discute os problemas da Moradia e promove debates em torno da Permanência Estudantil – trata-se de uma vitória. “O Grupo de Trabalho (GT) de Permanência, colocou a proposta de alimentação aos finais de semana como central para o avanço das políticas de permanência na Universidade. E neste final de semana, no dia 6, comemoraremos nossa maior vitória, conquistada pela greve, que é a abertura do Restaurante Saturnino aos finais de semana”, disse.
Num texto assinado por Inácio da Silva e mais cinco estudantes – Alice Da Silva Santos (Licenciatura em Ciências Biológicas); Bianca Camargos Alves (Artes Visuais), Fernanda Wanderley Queiroz (Pedagogia), Julia Gabrieli (Pedagogia) e Karolyne S. de Souza (Pedagogia), o grupo conta a história da mobilização iniciada, em fevereiro de 2023, quando passou a oferecer almoço coletivo na moradia. O Bandejão da Moras, diz o texto, participou ativamente da greve de 2023.
