O empresário e ex-governador de São Paulo João Doria disse ao Nova Manhã que o Banco Central, apesar de cumprir sua obrigação no combate à inflação, “poderia sinalizar ao mercado” quando pretende começar a baixar a taxa de juros. Na avaliação dele, a Selic está “elevadíssima” para um cenário em que “a economia vai bem”.
Doria criticou a postura agressiva do presidente Lula em relação ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Disse que a melhor atitude é a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que busca o diálogo. O ex-governador fez outros elogios a Haddad: “ele surpreendeu com a forma positiva como tem dialogado, como no caso do Arcabouço Fiscal, que tem boas chances de ser aprovado”. João Doria apontou outros fatores que avalia como “positivos” no governo Lula, especialmente na área ambiental, como a queda do desmatamento, a política de descarbonização e a proteção a territórios indígenas.
Sobre o futuro, Doria foi direto: “não sou candidato, não volto para a política”. Para ele, o surgimento de lideranças competitivas da centro-direita e da direita para as eleições presidenciais de 2026 passa pelos nomes que sairão fortalecidos nas eleições municipais de 2024.
Confira aqui a íntegra da entrevista.