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Entenda a política do Corinthians que trava planos de Dorival

O Corinthians está sob uma gestão interina até, pelo menos, o dia 9 de agosto, data em que a assembleia votará o impeachment de Augusto Melo

Dorival Jr em treino do Corinthians | Rodrigo Coca\Corinthians
Dorival Jr em treino do Corinthians | Rodrigo Coca\Corinthians

Pressionado pela torcida, Dorival Júnior enfrenta dificuldades na abertura da janela de transferências. O técnico do Corinthians pede reforços à diretoria, mas a instabilidade política tem interferido nos planos de contratações.

POLÍTICA INTERNA TRAVA NEGOCIAÇÕES

Dorival pontuou a necessidade de novas peças para o elenco alvinegro, após a derrota do último domingo. O treinador busca soluções “em casa” para melhorar o time, porque entende que o momento do clube é difícil.

“Já falei à diretoria o que precisamos. O Fabinho está no mercado, tenho certeza que negociações, todas elas, partem dele com a diretoria. Prefiro não me envolver e não me estender sobre a situação. Não fico cobrando, trabalhando com quem está aqui e tento valorizar quem está no grupo. Caso venha a acontecer, serão bem-vindos. Se não vier, tenho a obrigação de buscar soluções com o grupo que temos. Estamos em um processo um pouco complicado, não temos conseguido definir situações. Acontecendo a possibilidade de uma negociação, ela será concretizada porque tenho uma diretoria competente que trabalha para buscar soluções”, disse o técnico alvinegro após a derrota contra o Red Bull Bragantino.

O Timão está sob uma gestão interina até, pelo menos, o dia 9 de agosto, data em que a assembleia geral de sócios votará o impeachment de Augusto Melo. O presidente está afastado de suas funções desde o dia 26 de maio, mas ainda pode retornar —a depender do resultado das urnas.

Neste contexto, Osmar Stabile, presidente interino, adota cautela no mercado. Além dos problemas financeiros do Corinthians, a insegurança política é outro complicador na busca por reforços.

A reportagem apurou que, diante da instabilidade interna, o Timão pode aguardar até o mês que vem para dar sequência em contratações. As barreiras da atual gestão para negociar são: falta de planejamento a longo prazo e possibilidade de troca na comissão técnica após chegada de uma nova diretoria.

TORCIDA INSATISFEITA AUMENTA PRESSÃO

Enquanto isso, a pressão aumenta sobre a equipe, que tem uma das maiores folhas salariais do país —cerca de R$ 25 milhões mensais.

A Gaviões da Fiel esteve no CT Joaquim Grava para cobrar um nova postura dos jogadores, na última terça-feira. No fim de semana, o elenco já tinha saído vaiado de campo, na Neo Química Arena, após sofrer o gol da derrota nos acréscimos da partida contra o RB Bragantino.

As lideranças da organizada se reuniram com Stabile, mostraram indignação com os últimos escândalos políticos e prometeram novo protesto no Parque São Jorge.

Memphis Depay também virou um dos alvos de insatisfação da torcida. A ausência do camisa 10 em um dos treinos da semana passada gerou debate sobre rescisão de contrato com o atleta.

“Foi dado o primeiro passo. A cobrança agora é: obrigação ter grande empenho já contra o Ceará e, depois, no clássico de sábado, no Morumbi. Todos entenderam a responsabilidade de vencer essas duas partidas fora de casa. Também mostramos insatisfação com jogadores que demonstram indecisão ou falta de vontade. Memphis Depay, por exemplo, não estava no CT, mas já avisamos: vamos conversar diretamente para saber o que ele quer. Ficar ou sair? No Corinthians, quem fica tem que ter vontade de honrar a camisa”, disse a Gaviões da Fiel, em nota oficial.

Nesta quarta-feira, o Corinthians enfrenta o Ceará, no Castelão, pela 14ª rodada do Brasileiro, às 19h30 (de Brasília). O Alvinegro paulista ocupa a 11ª colocação, com 16 pontos.

LIVIA CAMILLO / Folhapress

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