O assunto hoje é a crítica de setores das Ciências Sociais ao fato de o novo PAC – Programa de Aceleração de Crescimento – destinar para a indústria da defesa mais dinheiro do que para saúde e educação.
Os recursos para a defesa, beneficiando as três forças armadas, são de R$ 52,8 bilhões, contra R$ 45 bilhões destinados à educação e os R$ 30,5 bilhões da saúde.
A Associação Brasileira de Estudos de Defesa, a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais e a Associação Brasileira de Ciência Política divulgaram nota questionando o critério para a distribuição do dinheiro. O texto é contundente ao dizer:
“A melhor defesa nacional é um povo bem educado e com saúde. O governo não pode continuar refém de uma instituição marcada pela tradição golpista.”
As entidades que representam as Ciências Sociais defendem a promoção pelo governo Lula de um amplo debate com a sociedade civil sobre os temas militares e de defesa. Isso é algo que pode se tornar inevitável à medida que avançam as investigações sobre o envolvimento de militares na tentativa de desacreditar o sistema eleitoral e nos ataques aos poderes em oito de janeiro.