Começo a primeira semana de julho falando sobre os resultados iniciais do censo 2022, divulgados na última quarta-feira. A maior surpresa é o baixo crescimento populacional brasileiro. Agora somos uma população de 203 milhões 62 mil 512, inferior aos mais de 210 milhões estimados em várias prévias. Nunca a população brasileira cresceu tão pouco — apenas 0,52% ao ano nos últimos 12 anos – desde que o censo começou a ser feito, em 1872. A pesquisa mostra ainda as capitais perdendo moradores para as fronteiras do agronegócio e o país em acentuado processo de envelhecimento. Isso significa a perda do chamado bônus demográfico –quando a população economicamente ativa é alta na comparação com idosos e crianças, o que em tese favorece o crescimento econômico. Demografia e economia estão intimamente relacionados. Assim, estudiosos acreditam que o encolhimento das cidades e a redução da população jovem podem levar à escassez de mão de obra. Isso vai exigir, como contrapartida, grandes investimentos em educação, para que haja aumento de produtividade. Em resumo, o brasil do futuro precisará ser mais eficiente. Muitas mudanças serão necessárias.