O assunto é a fala de Luiz Inácio Lula da Silva ao assumir a presidência temporária do Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O presidente brasileiro defendeu uma resposta rápida e contundente do Mercosul às exigências adicionais da União Europeia para firmar o acordo entre os dois blocos econômicos. A Europa quer sanções quando houver descumprimento de compromissos ambientais, segundo Lula uma manifestação de desconfiança que não deveria haver entre parceiros estratégicos.
Apesar do tom agressivo, o presidente brasileiro prometeu esforços para consolidar o acordo com a União Europeia, nos seis meses em que ficará à frente do Mercosul. A crítica não impede o diálogo. Lula está consciente de que a parceria será vantajosa para as duas partes. Na mesma linha, declarou que serão acelerados acordos em negociação com Canadá, Coreia do Sul e Singapura.
Diferentemente da gestão anterior, Lula não demoniza a globalização. Ao contrário, vê nela oportunidades para o Brasil acelerar a retomada do crescimento econômico e assim reduzir a nossa absurda desigualdade social.